
Número de atendimentos no Albergue de Maringá cresce 183% em dois meses
Mariana Ohde
14 de fevereiro de 2017, 08:34
Por Rosangela Gris, Metro MaringáEmbora mais da metade dos terrenos já tenha sido comercializada, o Parque Cidade Indust..
Mariana Ohde - 14 de fevereiro de 2017, 08:47
Por Rosangela Gris, Metro Maringá
Embora mais da metade dos terrenos já tenha sido comercializada, o Parque Cidade Industrial – localizado no prolongamento da Estrada Pinguim, região sul de Maringá – só deve ser liberado para a instalação de empresas dentro de três anos. Esse é o prazo mínimo estimado pela prefeitura de Maringá para corrigir os erros identificados no projeto e realizar obras de infraestrutura básica, cujos custos estão estimados em cerca de R$ 50 milhões – recursos não previstos no orçamento.
Nos próximos dias, a prefeitura encaminhará requerimento ao Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) solicitando uma auditoria nos contratos e nas obras. Em coletiva, o secretário Municipal de Obras Públicas, Marcos Zucoloto, detalhou uma série de irregularidades no projeto licitado em 2010 e que já consumiu R$ 65,4 milhões dos cofres públicos – o valor total previsto era R$ 89,1 milhões.
Ao contrário do anunciado pela gestão passada, a atual administração alega não haver infraestrutura necessária para a instalação das empresas que adquiriram terrenos nas três primeiras etapas de um total de quatro. De acordo com o relatório, o Cidade Industrial não possui sistema de drenagem de águas pluviais, rede de abastecimento de água, ligação da rede e estações de tratamento de esgoto e alimentadores de energia elétrica.
Outro erro apontado refere-se à largura das ruas, construídas com 10,5 metros, enquanto a legislação municipal prevê 12 metros, o que deve dificultar o tráfego e manobras de caminhões. Também foram encontrados equívocos na elaboração do laudo geoambiental e ausência de Estudo e Relatório de Impacto Ambiental. “A prefeitura enganou os empresários no mínimo por quatro anos. Esse parque foi entregue em 2012 e 2016. Usaram o parque como instrumento eleitoral enganando a população e os empresários que acreditaram que poderiam começar a construir a qualquer hora, e isso não é possível”, lamentou o prefeito Ulisses Maia (PDT), durante a coletiva.
“Não se trata de caça às bruxas, mas tudo isso tem que ser cuidadosamente investigado para que tanto a prefeitura quanto os investidores no empreendimento e a população não arquem com prejuízos”, disse Maia.
Na próxima quinta-feira (16), o secretário de Inovação e Desenvolvimento Econômico, Francisco Favoto, deve ser reunir com todos os investidores no projeto para relatar a atual situação do parque. A reunião está programada para as 18 horas, no Paço Municipal. A reportagem tentou contato com o ex-prefeito Carlos Roberto Pupin (PP) ontem à tarde, porém ele não atendeu as ligações. Pela manhã, ele disse à equipe Pinga Fogo que iria se pronunciar nos próximos dias.