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Julie Gelenski
30 de janeiro de 2017, 12:26
O inquérito da 5ª e 6ª fase da Operação Pecúlio, que investiga o esquema de corrupção na prefeitura e na Câmara de Foz d..
Fernando Garcel - 30 de janeiro de 2017, 13:42
O inquérito da 5ª e 6ª fase da Operação Pecúlio, que investiga o esquema de corrupção na prefeitura e na Câmara de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, foi concluído pela Polícia Federal (PF). Entre as 322 páginas, a PF indiciou 54 pessoas entre elas o ex-prefeito Reni Pereira (PSB).
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Segundo as investigações, Pereira é o líder da organização criminosa que envolve agentes políticos, vereadores, ex-vereadores, além de empresários da região. Entre os esquemas, o grupo recebia propina para aprovar e privilegiar empresários com contratos com a prefeitura.
"A organização ramificava-se partindo do topo da cadeia de comando da municipalidade, passando então pelas secretarias e autarquias, diretores e demais ocupantes de cargos comissionados, além de agentes externos aqui representados por empresários de vários setores, de forma a dar plena vazão às demandas ilícitas, cujo objetivo principal era a captação de recursos desviados dos cofres da prefeitura de Foz do Iguaçu/PR", diz o relatório da PF.
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No documento, o delegado Fábio Tamura, responsável pelas investigações, aponta que os indiciados devem responder por crimes de corrupção e fraude a licitação. "Algumas das pessoas cujas condutas foram investigadas integravam uma complexa organização criminosa, estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, com o objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagens de natureza econômica e pessoal, mediante a prática de graves infrações penais, tais como corrupção ativa, passiva, peculato, dentre outras correlatas", diz.
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Agora, o Ministério Público Federal (MPF) recebe o relatório do inquérito e decide se encaminha, ou não, a denúncia para a Justiça Federal.
Operação Pecúlio
A Operação Pecúlio foi deflagrada no dia 19 de abril de 2016. A investigação tem mostrado que servidores públicos de várias secretarias municipais, diretores, agentes políticos, ex-secretários e empresários tinham um esquema montado para desviar dinheiro por meio de fraudes em licitações. A estimativa da Controladoria-Geral da União é de que cerca de R$ 5 milhões foram desviados dos cofres públicos.