Polícia identifica substância usada em carteira que explodiu em mulher

A Polícia Científica identificou a substância usada em uma carteira que explodiu nas mãos de uma mulher, em dezembro do ..

A Polícia Científica identificou a substância usada em uma carteira que explodiu nas mãos de uma mulher, em dezembro do ano passado. Segundo o laudo da polícia, o explosivo usado se chama triperóxido de triacetona (TATP) e é de produção caseira.

O caso aconteceu no dia 7 de dezembro. Uma mulher de 53 anos perdeu parte de um dos dedos da mão ao se aproximar da carteira que estava no chão, no bairro Jardim Botânico.

De acordo com o delegado Adriano Chohfi, da Delegacia de Armas, Explosivos e Munições, o explosivo foi fabricado de maneira artesanal. “É uma bomba de fabricação caseira, um explosivo caseiro, e que é muito volátil, muito instável. Ele acaba por qualquer atrito explodindo e formando até uma labareda. Ele é uma composição de vários produtos: água de bateria, acetona, entre outros objetos. Produtos que conseguem ser adquiridos de forma lícita. Quem faz isso tem conhecimento no manuseio desses produtos e a mistura acaba se transformando em uma espécie de cristais que são altamente explosivos”, explicou.

Imagens de câmeras de segurança têm ajudado a polícia na busca pela identificação do autor do crime. Um carro branco que passou perto do local onde a carteira explodiu momentos antes do incidente é uma das suspeitas. A vítima deve ser ouvida novamente.

“Nós temos um veículo suspeito, que estava transitando no local antes, durante e depois dos fatos. Nós estamos tentando identificar esse veículo e a placa, as imagens não são nítidas. Nós acreditamos que não foi uma vítima escolhida, foi uma vítima ao acaso, tanto que ele colocou dinheiro para fora da carteira como um chamariz. Se fosse uma criança a lesão poderia ser maior ou até a morte”, afirmou.

A Polícia Civil afirmou que deve solicitar ao Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial (Tigre) para que seja realizada uma reconstituição do crime.