
Atobá-grande é encontrado em navio mercante no litoral do Paraná
Redação
24 de junho de 2021, 08:08
Wagner Cardeal Oganauskas e Marcos Antônio Ramon, presidente e diretor da Sociedade Morgenau, um dos principais clubes s..
Vinicius Cordeiro - 24 de junho de 2021, 12:54
Wagner Cardeal Oganauskas e Marcos Antônio Ramon, presidente e diretor da Sociedade Morgenau, um dos principais clubes sociais de Curitiba, foram presos nesta quinta-feira (24) suspeitos pela morte de Ana Paula Campestrini. Segundo a Polícia Civil do Paraná, a dupla teria orquestrado o homicídio da mulher de 39 anos na última terça. Ela foi executada com 14 tiros em frente à própria residência, no bairro Santa Cândida.
Segundo a polícia, o presidente do clube é o ex-marido de Ana Paula. Os dois viviam relação conturbada pela disputa da guarda dos três filhos - de nove, 11 e 17 anos - e não aceitava a relação homoafetiva que a mulher passou a ter. Diante desse cenário, ele teria planejado a morte de Ana com o amigo da diretoria, que é apontado como executor do crime.
"Está comprovado no inquérito policial que o autor dos disparos perseguiu o veículo da vítima quando ela saiu da Sociedade Morgenau, o clube onde os três filhos faziam atividades esportivas. Exatamente na data da sua morte, ela conseguiu realizar a carteirinha de acesso ao clube", diz a delegada Tathiana Guzella.
Conforme ela, a polícia obteve imagens da perseguição do diretor desde que Ana Paula saiu do clube. Ela tinha ido ao Morgenau fazer a carteira de associada para poder acompanhar os filhos enquanto eles faziam as atividades esportivas.
Em nota, os advogados de defesa apontam que a dupla prestará depoimento no início desta tarde e está à disposição da Justiça.
O Paraná Portal tenta um posicionamento da Sociedade Morgenau.
Segundo a delegada Camila Cecconello, Ana Paula Campestrini era uma pessoa tranquila e com boas relações. A única exceção foi com o ex-marido devido ao divórcio complicado já que Ana Paula começou a namorar outra mulher.
"Eles tinham alguns problemas quanto à divisão de bens, guarda de filhos e problemas pessoais desde que a vítima pediu a separação alegando que gostaria de viver com uma outra mulher", diz ela.
Ana Paula Campestrini foi enterrada ontem em Santa Catarina.
Ana Paula foi executada a tiros em crime organizado pelo ex-marido, diz polícia. (Reprodução/Redes sociais)
A expectativa é que o inquérito seja finalizado até a semana que vem para ser apresentado à Justiça, mas as diligências seguem ainda nesta semana. Por enquanto, a perspectiva é que ambos sejam acusados de feminicídio.
Além disso, a polícia ainda pede que qualquer pessoa com informações sobre o caso entrem em contato pelo número (41) 0800-6431121, de forma anônima, ou vá até a DHPP (Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa).
O assassinato de Ana Paula Campestrini foi registrado por uma câmera de segurança e as imagens foram divulgadas pela Polícia Civil.
O vídeo mostra o portão do condomínio abrindo enquanto a mulher aguarda para entrar com o carro. Neste momento, o motociclista para ao lado e aponta a arma antes de fazer mais de 10 disparos.
Conforme a delegada Camila Cecconello, os depoimentos de amigos e parentes da vítima apontaram que o ex-marido foi quem ordenou a morte de Ana Paula Campestrini. Ela estava no clube no qual o ex-marido é presidente
Assista:
https://www.youtube.com/watch?v=TFluBKQT7pY