Quadrilha especializada no transporte de eletrônicos do Paraguai é alvo de operação
O grupo teria movimentado cerca de R$ 250 milhões somente nos últimos três anos, de acordo com a Receita Federal; mais de 160 mandados estão em cumprimento.
Uma quadrilha especializada no transporte e comércio de eletrônicos do Paraguai é alvo de uma operação na manhã desta quinta-feira (19), no Paraná e em outros estados. O grupo teria movimentado cerca de R$ 250 milhões somente nos últimos três anos, de acordo com a Receita Federal.
A ação é realizada pelo órgão fiscalizatório em conjunto com a Polícia Federal. As equipem cumprem 70 mandados de prisão preventiva e 94 mandados de busca e apreensão, em endereços comerciais e residenciais ligados à organização criminosa, nos estados do Paraná, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Piauí e Rio Grande do Sul.
A Justiça Federal decretou, ainda, o bloqueio de contas bancárias e o sequestro de bens vinculados aos suspeitos.
No Estado, a operação acontece simultaneamente nas seguintes cidades:
- Campo Mourão
- Cianorte
- Indianópolis
- Maringá
- Rondon
- Tapejara
- Marechal Cândido Rondon
- Palotina
- Terra Roxa
- Umuarama
- Douradina
- Loanda
- Querência do Norte
- Foz do Iguaçu
Como funcionava o esquema
A operação teve início com a prisão em flagrante de três integrantes do grupo que atuavam como “freteiros” e transportavam grandes quantidades de mercadorias estrangeiras ocultas em fundos falsos localizados nos veículos, enquanto viajavam em comboio.
Conforme a Receita, o esquema era iniciado com a negociação direta entre o vendedor da loja situada no Paraguai e o comprador localizado no Brasil. Após a concretização do negócio, as mercadorias estrangeiras entravam clandestinamente no Brasil e eram encaminhadas aos compradores, utilizando-se de freteiros e caminhoneiros.
Em seguida, era realizado o pagamento das mercadorias e do frete em contas bancárias designadas pela loja do Paraguai e, a partir da sua confirmação, as mercadorias eram entregues ao comprador.
A Receita estima que o grupo tenha movimentado aproximadamente R$ 250 milhões somente nos últimos três anos com o esquema criminoso. O prejuízo aos cofres públicos é de R$ 130 milhões, em razão de tributos sobre a importação que deixaram de ser recolhidos, além dos danos causados à indústria e ao comércio nacional causados pela concorrência desleal em relação aos comerciantes e fabricantes que recolhem devidamente seus impostos.
- Veja também: União da Vitória recebe novo lote de cestas básicas