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Quadrilha especializada no transporte de eletrônicos do Paraguai é alvo de operação

Quadrilha especializada no transporte de eletrônicos do Paraguai é alvo de operação

O grupo teria movimentado cerca de R$ 250 milhões somente nos últimos três anos, de acordo com a Receita Federal; mais de 160 mandados estão em cumprimento.

Rafael Nascimento - quinta-feira, 19 de outubro de 2023 - 07:59

Uma quadrilha especializada no transporte e comércio de eletrônicos do Paraguai é alvo de uma operação na manhã desta quinta-feira (19), no Paraná e em outros estados. O grupo teria movimentado cerca de R$ 250 milhões somente nos últimos três anos, de acordo com a Receita Federal.

A ação é realizada pelo órgão fiscalizatório em conjunto com a Polícia Federal. As equipem cumprem 70 mandados de prisão preventiva e 94 mandados de busca e apreensão, em endereços comerciais e residenciais ligados à organização criminosa, nos estados do Paraná, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Piauí e Rio Grande do Sul. 

A Justiça Federal decretou, ainda, o bloqueio de contas bancárias e o sequestro de bens vinculados aos suspeitos.

No Estado, a operação acontece simultaneamente nas seguintes cidades:

  • Campo Mourão
  • Cianorte
  •  Indianópolis
  • Maringá
  • Rondon
  • Tapejara
  • Marechal Cândido Rondon
  • Palotina
  • Terra Roxa
  • Umuarama
  • Douradina
  • Loanda
  • Querência do Norte
  • Foz do Iguaçu

Como funcionava o esquema

A operação teve início com a prisão em flagrante de três integrantes do grupo que atuavam como “freteiros” e transportavam grandes quantidades de mercadorias estrangeiras ocultas em fundos falsos localizados nos veículos, enquanto viajavam em comboio.

Conforme a Receita, o esquema era iniciado com a negociação direta entre o vendedor da loja situada no Paraguai e o comprador localizado no Brasil. Após a concretização do negócio, as mercadorias estrangeiras entravam clandestinamente no Brasil e eram encaminhadas aos compradores, utilizando-se de freteiros e caminhoneiros. 

Em seguida, era realizado o pagamento das mercadorias e do frete em contas bancárias designadas pela loja do Paraguai e, a partir da sua confirmação, as mercadorias eram entregues ao comprador.

A Receita estima que o grupo tenha movimentado aproximadamente R$ 250 milhões somente nos últimos três anos com o esquema criminoso. O prejuízo aos cofres públicos é de R$ 130 milhões, em razão de tributos sobre a importação que deixaram de ser recolhidos, além dos danos causados à indústria e ao comércio nacional causados pela concorrência desleal em relação aos comerciantes e fabricantes que recolhem devidamente seus impostos.

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