Sanepar volta a adotar rodízio de água mais rígido em Curitiba e RMC; veja como fica

A Sanepar retoma na próxima semana um rodízio mais rígido do fornecimento de água em Curitiba e Região Metropolitana. O ..

A Sanepar retoma na próxima semana um rodízio mais rígido do fornecimento de água em Curitiba e Região Metropolitana. O modelo reduz o período de abastecimento para 36 horas, com suspensão de até 36 horas. A medida será implementada em função da falta de chuvas, que compromete o nível das barragens.

A mudança no formato do rodízio começa a partir da próxima quarta-feira (11), de acordo com a companhia, com um dia e meio com água e até um dia e meio sem água.

Desde 15 de março, a Sanepar vinha adotando um modelo de rodízio de abastecimento de água em Curitiba e Região com 60 horas de fornecimento e 36 horas com suspensão – ou seja, com um dia a mais de distribuição de água para a população.

MUDANÇA NO RODÍZIO VISA EVITAR COLAPSO NO ABASTECIMENTO, APONTA SANEPAR

De acordo com a Sanepar, a mudança no formato do rodízio é necessária para afastar a possibilidade de colapso no Sistema de Abastecimento de Água Integrado de Curitiba e Região Metropolitana (SAIC).

Além do histórico recente de poucas chuvas, as projeções dos institutos de meteorologia indicam o prolongamento da estiagem que impacta o Paraná há mais de um ano, especialmente na Região Metropolitana.

No último mês de julho, choveu apenas 14,6 milímetros na região, diante da média histórica de 92,4 mm para o mês.

“Temos que agir sempre com responsabilidade, pensando em assegurar níveis mínimos de reservação para garantir regularidade no abastecimento, mesmo que em forma de rodízio”, afirma o diretor de Meio Ambiente e Ação Social da Sanepar, Julio Gonchorosky.

NÍVEL DOS RESERVATÓRIOS PREOCUPA E ESTÁ ABAIXO DOS 50%

Antes de retomar ao modelo de rodízio de água mais severo, a Sanepar afirma que levou em consideração a evolução do consumo, o nível de reservação, o histórico e a projeção das chuvas para os próximos meses.

A crise hídrica castiga o Paraná já há um longo tempo. Em março de 2020, o nível das barragens fechou o mês com a média de 69%, caindo para 60% em abril e iniciando um viés de queda permanente sempre abaixo de 60%. Esse índice só foi reestabelecido um ano depois, em março de 2021, permanecendo assim até 4 de abril desse ano. A partir de então, as barragens passaram a registrar quedas sucessivas novamente, chegando aos 48% registrados nesta semana.

Hoje, o nível dos quatro reservatórios que abastecem a Grande Curitiba está em 48,48% da capacidade. A Barragem do Iraí é a que apresenta a situação mais crítica, com apenas 39,28% da capacidade. Na sequência estão a Barragem do Passaúna (53,75%), Piraquara 1 (55,44%) e Piraquara 2 (57,25%).

O alerta é para que a população mantenha o uso racional da água, com hábitos de economia, evitando desperdícios.

Confira aqui a tabela do rodízio para Curitiba e Região Metropolitana vigente até o dia 10 de agosto.