Suspeitos de atirarem contra ‘Trafigata’ são presos, em Curitiba

A tentativa de homicídio contra Camila Marodin, conhecida como 'trafigata', aconteceu no dia 31 de janeiro, no bairro Alto Boqueirão, em Curitiba

Dois homens suspeitos de envolvimento na tentativa de assassinato de Camila Marodin, conhecida como “trafigata”, foram presos nesta quinta-feira (17) em uma operação da Polícia Civil. Um dos mandados foi cumprido em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, e outro no bairro Tatuquara, na zona sul, onde um terceiro homem, foragido da Colônia Penal Agrícola, foi detido em flagrante.

A operação da PCPR (Polícia Civil do Paraná) também cumpriu dois mandados de busca e apreensão. Os suspeitos reagiram e houve troca de tiros, mas a região já estava cercada. Um helicóptero prestou apoio à operação para monitorar eventuais tentativas de fuga.

O delegado Tito Barichello, titular da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa da Polícia Civil do Paraná, disse à TV Band que os alvos da operação são perigosos e envolvidos com o crime organizado. Um deles é conhecido por atuar como matador de aluguel. Segundo o delegado, o fato de Camila Marodin ser traficante não exclui a necessidade de investigar a tentativa de homicídio.

“Para nós vítimas são vítimas. Elas são todas protegidas em Curitiba e existe uma ação rápida na DHPP, hoje cumpridos os mandados de prisão contra um indivíduo de altíssima periculosidade”, detalhou. 

A tentativa de homicídio contra a mulher conhecida como “trafigata de Curitiba” aconteceu no dia 31 de janeiro, no Alto Boqueirão. Ela voltava para casa na companhia de um amigo quando foi surpreendida pelos tiros no momento em que abria o portão.

De acordo com as investigações da Polícia Civil, os homens presos suspeitos de tentativa de assassinato estavam em um carro estacionado próximo à casa vigiando a movimentação. No momento em que a vítima vai até o portão, um deles sai do carro e efetua os tiros. Ela correu para dentro da casa e saiu ilesa, mas o homem que a acompanhava ficou ferido.

Camila Marodin está presa preventivamente desde o dia 10 de fevereiro, por descumprimento das medidas cautelares substitutivas à prisão. Ele cumpria o regime domiciliar desde o final do ano passado. No entanto, desde que deixou a penitenciária, descumpriu as regras relacionadas ao recolhimento noturno e ao uso da tornozeleira eletrônica, que em um dos episódios ficou mais de quatro horas desligada por falta de bateria.

A defesa da traficante atribuiu as recorrentes violações das medidas cautelares às tentativas de homicídio e à busca por manter-se viva. Na segunda-feira (10), em audiência no Fórum de Piraquara, na Grande Curitiba, a Justiça não acolheu os argumentos dos advogados e decidiram manter a prisão preventiva sem direito ao sistema semiaberto harmonizado.