Foto: DER PR

Trânsito paranaense é o terceiro que mais mata no Brasil

O trânsito paranaense é o terceiro que mais mata no Brasil, conforme dados do SIM (Sistema de Informações sobre Mortalid..

O trânsito paranaense é o terceiro que mais mata no Brasil, conforme dados do SIM (Sistema de Informações sobre Mortalidade). No estado, os homens representam 83% das mortes por acidentes em transporte terrestre.

Em 2020 foram registrados 2,4 mil colisões, ou seja, por dia, sete pessoas perderam a vida no trânsito. Os acidentes correspondem a 29% das causas externas dos óbitos no estado, com taxa de mortalidade acima de 10 a casa 100 mil habitantes.

Apesar da queda no número de acidentes em 2020, por causa do isolamento social provocado pela pandemia da Covid-19, a diminuição de mortes por causa de batidas foi de apenas 2,7%. Em contrapartida, a redução no no número total de colisões foi de 34%.

De acordo com uma pesquisa da Abramet, entre março de 2020 e julho de 2021, o SUS (Sistema Único de Saúde) registrou 308 mil internações por acidentes de trânsito. Neste ano, até setembro, o Brasil já gastou mais de R$ 108 milhões com essas internações. No ano passado, os gastos foram de R$ 171 milhões.

Atendimentos como esses podem representar uma sobrecarga para os serviços de urgência e emergência do SUS, como é o caso do Hospital Universitário Cajuru, em Curitiba. Referência em traumas, a instituição trabalha 100% SUS e realiza em média 147 mil atendimentos por ano, entre internamentos, urgências e emergências, cirurgias e consultas ambulatoriais.

Entre os pacientes que chegam ao HUC, também se destaca o número de pessoas do sexo masculino. No ano passado, 74% do total de atendimentos de vítimas do trânsito eram homens, ou seja, dos 2,7 mil pacientes atendidos, dois mil eram do sexo masculino. Os números são semelhantes aos já observados nos primeiros dez meses de 2021.

A imprudência dos motoristas causa aproximadamente 90% dos acidentes em todo o mundo e o Brasil apresenta a mesma estatística. Por isso, essas emergências têm um aspecto particular: a maioria delas é evitável.

Observação que o coordenador médico do Hospital Universitário Cajuru, José Rodriguez, vive na prática. “Quando pensamos na retomada das atividades, com o relaxamento das medidas preventivas da pandemia, sabemos que o movimento nas ruas e estradas vai aumentar. Mas é hora de pensar na saúde pública como um todo e buscar agir de forma preventiva. Ser responsável no trânsito é decisivo para diminuir os acidentes no trânsito e evitar uma sobrecarga do sistema de saúde”, afirma.