
Domingo é dia de pizza
Ruy Barrozo
07 de dezembro de 2016, 18:59
Exatamente no dia 5 de dezembro de 1986 produzíamos o lançamento do primeiro livro do escritor e amigo, Wilson Bueno, fa..
Ruy Barrozo - 07 de dezembro de 2016, 19:01
Exatamente no dia 5 de dezembro de 1986 produzíamos o lançamento do primeiro livro do escritor e amigo, Wilson Bueno, falecido de forma trágica.
Era o primeiro livro...
Sendo assim tínhamos que marcar esse lançamento de forma a entrar na história de todos; do escritor, dos amigos e dos leitores do querido Wilson.
Conhecemos Wilson através de um amigo comum, o marchand e artista plástico Jorge Carlos Sade, o qual o convidou para que o lançamento acontecesse na Acaiaca Espaço Arte.
Ao lermos o livro “Bolero’s Bar” / Edição Criar, e sendo conhecedor do lado boêmio do escritor, prontamente pensamos em transformar a Acaiaca Espaço Arte num grande boteco.
E assim foi feito...
Escolhemos a grande sala principal da galeria, com uma grande vitrine de frente para a Praça do Relógio das Flores, no Alto de São Francisco, e a transformamos num grande bar.
As paredes foram forradas de papel craft com ilustrações realizadas por artistas plásticos amigos de Wilson e a sala totalmente tomada por mesas de boteco, aquelas velhas mesas de ferro de pé em X e cadeiras também de ferros, emprestadas pelos nossos amigos do Pasquale, criando um ambiente típico dos bares frequentados pelo escritor.
Para o coquetel fizemos comidinhas, que hoje são chamadas Comidas de Boteco.
Foi sem dúvida alguma uma noite de muito sucesso e grande repercussão.
30 anos depois...
Coincidentemente, trinta anos depois, fomos procurados pela jornalista e amiga Adélia Lopes (foto) que esta contribuindo com um escritor amigo, que esta escrevendo uma biografia de Wilson Bueno, para expressarmos nosso testemunho sobre a vida e a obra do amigo/escritor.
Foi um grande prazer lembrar e resgatar tudo isso, e ao resgatarmos nosso exemplar do Bolero’s Bar na prateleira da estante e lermos a dedicatória, percebemos a data – 5 de dezembro de 1986.
Trinta anos se passaram...ruy.barrozo