RB| 13º salário: como a pandemia afeta o equilíbrio financeiro dos brasileiros
Especialista explica Medida Provisória 936 e dá dicas sobre a melhor forma de aproveitar o décimo terceiro salário.ANÚNC..
Especialista explica Medida Provisória 936 e dá dicas sobre a melhor forma de aproveitar o décimo terceiro salário.
A primeira parcela do 13º salário deve cair até o dia 20 de novembro para todos os brasileiros com contrato de trabalho pelo regime da CLT e tempo de serviço igual ou superior a 15 dias.
Embora seja uma ótima oportunidade para realizar as tão sonhadas compras de final de ano, especialistas indicam que, devido à crise financeira impulsionada pela pandemia, esse rendimento extra, deve servir para completar a capacidade mensal de pagamento das famílias.
O Governo lançou a Medida Provisória 936, sancionada na Lei 14.020, que ofereceu às empresas a possibilidade de redução ou suspensão de contratos, afetando aproximadamente 10 milhões de brasileiros.
“A pandemia gerou uma completa alteração em todo o processo de geração de renda. E se isso afeta no salário vai afetar também no 13º, com redução proporcional”, explica Pedro Salanek, administrador e professor de finanças do ISAE Escola de Negócios.
Segundo o especialista, até mesmo a negociação de dívidas ficará em segundo plano neste final de ano.
“Estamos vivendo um ano bastante crítico economicamente falando”, diz.
“Desde o início da pandemia, muitos brasileiros tiverem de adequar seus gastos, reduzindo-os drasticamente, para poder sobreviver durante todo o ano. Nestes casos, o 13º chega para dar um fôlego no dia a dia”, aponta.
O número de famílias endividadas no Brasil ultrapassa 60% da população, o que causa grande alerta e exige cuidados especiais.
“Geralmente, as dívidas têm um custo de financiamento e juros que, em caso de cheque especial ou cartão de crédito, acaba sendo bastante impactante”, explica.
“Antes de pensar em viajar ou consumir mais, é preciso sair do endividamento. Todo dinheiro é bem-vindo dentro da fonte quando é para se livrar de uma dívida amarga”, complementa Pedro Salanek.