
Rafael Greca diz que não vai hesitar caso Curitiba precise adotar lockdown
Mirian Villa
10 de março de 2021, 07:47
A fila de espera por internação para pacientes com confirmação ou suspeita de covid-19 segue aumentando no Paraná. São 1..
Redação - 10 de março de 2021, 09:00
A fila de espera por internação para pacientes com confirmação ou suspeita de covid-19 segue aumentando no Paraná. São 1.296 pessoas aguardando por leitos nesta terça-feira (9), de acordo com a Sesa (Secretaria de Estado da Saúde).
513 casos são graves e requerem UTI (unidade de terapia intensiva) enquanto outras 783 pessoas precisam de leitos enfermarias.
A situação faz com que o governo estadual corra pela abertura de novos leitos nas quatro macrorregiões - Leste, Oeste, Norte e Noroeste - do estado, que têm taxas de ocupação das UTIs acima de 90%.
Gráfico mostra evolução da fila por leitos no Paraná. (Fernando Oliveira/Colaboração)
"Se não houvesse mais nenhuma contaminação a partir de hoje, essa demanda seria atendida com adequação em três a quatro semanas. Seria inviável a gente conseguir zerar essa fila em muito pouco tempo. É necessário haver parada da contaminação", afirmou o médico Vinícius Filipak, gestor em Saúde da Sesa, em entrevista ao Meio Dia PR.
Filipak participou da sessão da Alep (Assembleia Legislativa do Paraná) desta terça-feira (9) para prestação de contas da Sesa durante a pandemia. Aos deputados, ele destacou que o Paraná encarou a explosão de casos da covid devido à nova cepa de Manaus, chamada de P1.
Com a variante amazônica, o Paraná teve aumento de 58% no número absoluto de pacientes internados.
"É um primo da covid. De dezembro de 2020 para fevereiro de 2021, tivemos aumento de 85% nas internações de UTI. Ou seja, a doença é muito mais grave que a cepa anterior. Esses dois fatos esgotaram nossa capacidade de resposta para reserva de leitos que temos destinados para covid", explicou ele.
Em meio à corrida para evitar o colapso do sistema de Saúde, o Paraná registrou 212 mortes e bateu hoje o recorde de óbitos registrados em 24 horas. Segundo o boletim, são mais de 728 mil infectados.