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Farmacêutica francesa Sanofi anuncia resultados positivos de vacina anticovid

Farmacêutica francesa Sanofi anuncia resultados positivos de vacina anticovid

Dados iniciais do teste de estágio final da vacina da Sanofi mostraram que era 100% eficaz contra Covid-19 grave e hospitalização

Folhapress - quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022 - 11:16

A gigante farmacêutica francesa Sanofi anunciou, nesta quarta-feira (23), resultados positivos em grande escala de sua vacina anticovid-19, desenvolvida em parceria com o laboratório britânico GSK, após um ano de testes e adiamentos. “Sanofi e GSK vão solicitar a aprovação regulatória de sua vacina contra Covid-19” nos Estados Unidos e na União Europeia, anunciaram ambos os grupos em um comunicado, após testes realizados em milhares de pessoas.

Embora os estudos completos ainda não tenham sido publicados, seus resultados mostram que o fármaco contribui para prevenir a hospitalização relacionada com o coronavírus. “Estamos confiantes de que esta vacina pode desempenhar um papel importante à medida que continuamos a lidar com essa pandemia e nos preparamos para o período pós-pandemia”, disse o presidente da GSK Vaccines, Roger Connor.

Dados iniciais do teste de estágio final da vacina mostraram que era 100% eficaz contra Covid-19 grave e hospitalização e 75% de eficácia contra doença moderada ou grave. Além disso, a vacina teria uma eficácia ligeiramente superior a 50% para a Covid sintomática. “Nenhum outro estudo global de eficácia de fase 3 foi realizado durante este período com tantas variantes de preocupação, incluindo ômicron, e esses dados de eficácia são semelhantes aos dados clínicos recentes de vacinas autorizadas”, disse Thomas Triomphe, vice-presidente executivo da Sanofi Vaccines.

Se a vacina for autorizada, será o fim de uma longa jornada para ambas as empresas farmacêuticas, que esperavam poder comercializar o medicamento em meados de 2021. Os primeiros obstáculos surgiram com a dosagem correta da vacina e, depois, com a dificuldade de se encontrar pessoas ainda não infectadas, para que os testes fossem confiáveis.

A Sanofi teve de abandonar suas tentativas de criar uma vacina baseada na tecnologia de RNAm, que tem sido a base de suas concorrentes Pfizer/BioNTech e Moderna. Um porta-voz da Sanofi reiterou o compromisso da farmacêutica francesa de fornecer um total de 75 milhões de doses para a União Europeia e Grã-Bretanha, bem como 100 milhões para os Estados Unidos, dependendo da aprovação regulatória.

As entregas planejadas nos EUA seriam regidas por um contrato de US$ 2,1 bilhões com o governo americano assinado em julho de 2020, acrescentou.

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