(Foto: Maxi Franzoi/AGIF/Folhapress)

100 razões para abandonar o tabagismo

Motivos para abandonar um vício não faltam, mas é preciso muita força de vontade e ajuda. Recentemente, a Organização Mu..

Motivos para abandonar um vício não faltam, mas é preciso muita força de vontade e ajuda. Recentemente, a Organização Mundial da Saúde (OMS), por ocasião do Dia Mundial Sem Tabaco (31 de maio), divulgou um documento chamado mais de 100 razões para parar de fumar para alertar sobre os riscos do tabagismo e a necessidade de parar de fumar, reforçando a importância das pessoas buscarem apoio e ajuda profissional. De acordo com o médico cooperado da Unimed Curitiba especialista em pneumologia Jonatas Reichert, o processo não é fácil por envolver a dependência de uma série de substâncias tóxicas e, por isso, para largar o cigarro não basta apenas uma atitude ou a vontade. “Estudos vêm mostrando a importância do apoio de amigos, e amigos não fumantes, além do apoio da própria família. A pessoa também vai necessitar do apoio de clínicas médicas e profissionais da saúde, como médicos e psicólogos, para dar o suporte necessário”, explica o especialista, que também é ex-presidente da Sociedade Paranaense de Pneumologia e ex-coordenador das comissões de tabagismo da Sociedade Brasileira de Pneumologia e da Associação Médica Brasileira.

O cooperado reforça que o tabagismo é uma dependência, uma doença. Por isso, cada pessoa responde de um jeito. Alguns fumantes conseguem largar logo o cigarro; outros enfrentam um processo mais longo e com a necessidade de medicamentos. “O que digo para meus pacientes é que as recaídas são previstas e para que não desistam. Há aqueles que sofrem a recaída e a esconde por vergonha. Mas é preciso encarar pelo fato de estar tratando um problema clínico e que sabemos que não é fácil. É necessário trabalhar psicologicamente essa recaída para mostrar que não representa uma fraqueza pessoal, mas, sim, em função de milhares de toxinas. A pessoa não é culpada por isso”, afirma.

Entre as razões para abandonar esse vício, está a própria pandemia, uma vez que fumar pode agravar os sintomas em caso de infecção pela COVID-19. Mesmo assim, nesse cenário, uma pesquisa realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgada em agosto de 2020, mostra que mais de 34% de fumantes entrevistados apontam que passaram a consumir mais cigarros durante a pandemia.

Entre os 100 motivos divulgados pela OMS estão a mudança na aparência; como os produtos de tabaco e nicotina colocam os tabagistas e seus familiares e amigos em risco; as consequências sociais negativas; as consequências para a saúde – o tabaco pode causar mais de 20 tipos de câncer, além de problemas no coração. Até mesmo o custo para comprar os cigarros foi elencado pela OMS como um motivo para deixar de fumar.

Essa também é uma das razões que levou o aposentado José Benedito Neves, beneficiário da Unimed Curitiba de 71 anos, a procurar ajuda para deixar o cigarro após décadas como fumante. Ele encontrou o apoio em um programa de saúde da Unimed Curitiba, o Você sem Cigarro, que conta com encontros online com uma equipe multidisciplinar especializada nesse tratamento. “Quero parar de vez, mas é muito tempo fumando. Sei que depende de mim, mas também vou precisar de ajuda”, revela o aposentado, que iniciou o processo e diminuiu a quantidade de cigarros por dia.

Se você quer saber mais sobre a importância do combate ao tabagismo, como parar de fumar e receber dicas de especialistas, escute o programa especial da Unimed Curitiba em parceria com a CBN Debate com participação dos médicos cooperados Jonatas Reichert e Guilherme Góis, psiquiatra e diretor técnico da CADMO clínica psiquiátrica.

Sobre o programa Você Sem Cigarro

A Unimed Curitiba sabe o quanto o apoio profissional e familiar é importante para quem decide parar de fumar. Por isso, disponibiliza gratuitamente o programa para todos os beneficiários que queiram abandonar o vício, com aulas online uma vez por semana com uma equipe multidisciplinar especializada nesse tratamento. Para se inscrever, entre em contato pelo telefone (41) 3021-4735 ou pelo e-mail [email protected].

Esta reportagem foi elaborada com dados publicados no site Saúde Debate.