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Epidemia de dengue no Paraná deixa a população em alerta

Epidemia de dengue no Paraná deixa a população em alerta

Infectologista cooperado da Unimed Curitiba explica como identificar a doença, tratar os sintomas e se proteger

Unimed Curitiba – Conteúdo de Marca - terça-feira, 24 de maio de 2022 - 15:25

A Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) declarou situação de epidemia de dengue em abril no Paraná devido ao aumento de casos da doença. Em dez meses, foram mais de 56 mil casos de dengue confirmados e mais de 150 mil notificados no estado. Para os especialistas, esses dados são alarmantes. Para falar sobre a doença e reforçar medidas de prevenção visando reduzir a proliferação do mosquito da dengue, a Unimed Curitiba conversou com o médico cooperado infectologista Jaime Rocha, que também é gerente do Centro de Pesquisa e Inovação da Unimed Curitiba. Continue a leitura e saiba como fazer a sua parte para combater o mosquito Aedes aegypti!

Estamos enfrentando o período sazonal da dengue

As chuvas intensas e prolongadas que têm atingido todo o país nos últimos meses favorecem a proliferação do mosquito, que deposita os seus ovos em locais que acumulam água. Esse período sazonal se iniciou em agosto de 2021. “O fato de o país ter enfrentado recentemente uma epidemia de influenza H3N2, além do surto da variante Ômicron da COVID-19 também prejudicou os sistemas de vigilância da dengue em todo o país”, afirma o especialista.

Principais sintomas da doença

O médico explica que a dengue se manifesta como um quadro febril, agudo, acompanhado de muita dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dores musculares fortes e manchas vermelhas espalhadas pelo corpo. “A doença pode variar de sintomas muito leves a graves, seguido da forma hemorrágica. No caso da dengue hemorrágica, nem sempre o sangramento é aparente. Em muitos casos, há um extravasamento do sangue dos próprios vasos e a pressão arterial fica muito baixa”, completa.

Diagnóstico e tratamento da dengue

O infectologista alerta que é preciso buscar o diagnóstico a qualquer sinal ou suspeita da doença, para que o monitoramento se inicie o quanto antes. “Quando a dengue está na fase aguda, normalmente são realizados exames de antígeno para identificar a presença do vírus. Se os sintomas persistem há mais de uma semana, opta-se pela sorologia”, ressalta.

Não há nenhum tratamento específico para a dengue, mas medicamentos e muita hidratação podem aliviar os sintomas e o sofrimento do paciente. O acompanhamento médico é de extrema importância em todas as etapas, já que pode haver necessidade de internamento em UTI em casos graves. Esses casos podem ocorrer na primeira infecção pela doença, mas o mais comum é que estejam associados à reinfecção por outros sorotipos.

Medidas de prevenção

O combate ao mosquito continua sendo a nossa principal ferramenta de proteção contra os surtos de contágio. “A proteção contra os criadouros de mosquitos é uma ação coletiva. A ação individual é muito importante, com o uso de telas protetoras e repelentes, para que em conjunto tenhamos um combate efetivo”, afirma. Além disso, não deixar água parada e manter a higiene são cuidados básicos que devem ser tomados no dia a dia.

Além dos cuidados, existe uma vacina contra a dengue. Porém, ela é recomendada apenas para quem já teve caso confirmado da doença anteriormente. “Definitivamente, a vacina ainda não está indicada para todas as pessoas. Mesmo assim, ela é um primeiro passo muito importante para se chegar a uma vacina ideal que irá beneficiar toda a população”, explica Rocha.

Quer saber mais?

No dia 20 de maio, o infectologista Jaime Rocha falou ao vivo no Instagram da Unimed Curitiba sobre a importância da prevenção, os perigos e as consequências da doença. Acesse @unimedcuritibaoficial no Instagram e confira como foi a live, que ficou salva no perfil.

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