Matar para renascer
O ser humano não aceita a morte.Por não compreendê-la, evita pensar nela.Entretanto, se a entendêssemos como uma ..
O ser humano não aceita a morte.
Por não compreendê-la, evita pensar nela.
Entretanto, se a entendêssemos como uma passagem, uma transformação- o que na realidade é para aqueles espiritualizados- seria mais fácil.
E ela é exatamente isso: nada mais que a fronteira entre passado e futuro, o ponto de partida para algo novo. Isso é natural, não só em relação à morte mas também à vida.
Vejam, se não matarmos o menino que existe em nós, jamais nascerá o jovem ousado. Se não matarmos esse jovem, jamais haverá espaço para o adulto maduro.
Na vida profissional também é assim: se você quer ser um líder, tem que matar o técnico inseguro, que tem medo de decidir, acomodado no conforto da equipe cuja responsabilidade não é dele.
Se não matarmos o perdulário que há em nós, jamais nascerá o poupador que quer ter conforto a vida toda.
Se você não matar o solteirão irresponsável jamais desfrutará da magia de constituir uma família, de ter um lar e amores ao teu redor.
Pois bem, a paúra desse ritual de passagem tocou um amigo meu inseguro com a aposentadoria.
Por 40 anos foi o Dr. engenheiro da multinacional tal e perdeu essa identidade e seu lugar no mundo.
Disse a ele que só há uma alternativa: matar o engenheiro e esquecer da empresa. Abrir espaço para nascer um novo personagem com novos desafios e oportunidades que a vida ainda lhe reserva.
Matar para renascer.
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