Alimentos puxam alta de preços em setembro, aponta o IBGE

Dados  do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que os alimentos puxam alta de preços em setembro.O grupo de despesas com alimentação e bebidas teve uma alta de preços de 2,28% no mês. Assim, acabou sendo o principal responsável pela inflação oficial no mês, de 0,64%. A alta dos alimentos foi maior do que a observada em agosto, de 0,78%. As informações são da Agência Brasil.

 

Os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foram divulgados nesta quinta-feira (9) pelo instituto..

 

A alta dos alimentos ocorreu principalmente por causa da refeição dentro do domicílio, que subiu 2,89%. Entre os produtos com maiores aumentos de preço estão o óleo de soja (27,54%) e o arroz (17,98%). O tomate teve alta de 11,72%; o leite longa vida, 6,01%, e as carnes, 4,53%. 

 

“O câmbio num patamar mais elevado estimula as exportações. Quando se exporta mais, reduz os produtos para o mercado doméstico. Com isso, temos uma alta nos preços. Outro fator é a demanda interna elevada, que por conta dos programas de auxílio do governo, como o auxílio emergencial, tem ajudado a manter os preços num patamar elevado. No caso do grão de soja, temos ainda forte demanda da indústria de biodiesel”, explicou o pesquisador do IBGE Pedro Kislanov.

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Transporte também contribuiu para a alta de setembro

Outro grupo de despesas com impacto importante na inflação em setembro foi o de transportes (0,70%). A alta de preços no segmento foi puxada pela gasolina (1,95%), óleo diesel (2,47%), etanol (2,21%) e passagens aéreas (6,39%).

 

Também tiveram altas de preços os grupos artigos de residência (1%), habitação (0,37%), vestuário (0,37%), comunicação (0,15%) e despesas pessoais (0,09%).

 

Por outro lado, saúde e cuidados pessoais teve deflação (queda de preços) de 0,64%. Isso ocorreu principalmente devido ao item plano de saúde, cujos preços recuaram 2,31% com a decisão da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) de suspender até o fim do ano os reajustes dos planos. Educação também teve deflação de 0,09%.