
Dificuldade de acesso a insumos afeta setores da indústria
Wellton Máximo - Repórter da Agência Brasil
27 de julho de 2022, 08:04
As medidas de estímulo recentemente anunciadas pelo governo ainda devem sustentar o nível de demanda atual por mais alguns meses, segundo a sondagem.
Redação - Victor Abdala - Repórter da Agência Brasil - 28 de julho de 2022, 09:37
O Índice de Confiança do Comércio, da Fundação Getulio Vargas (FGV), caiu 2,2 pontos em julho, na comparação com junho, e chegou a 95,1 pontos, em uma escala de 0 a 200. A queda veio depois de duas altas consecutivas, segundo o levantamento divulgado nesta quinta-feira (28).
Empresários de quatro dos seis segmentos do comércio pesquisados pela FGV tiveram queda na confiança.
“Depois de duas altas consecutivas, a confiança do comércio volta a cair. A queda de julho foi puxada pela piora da percepção tanto em relação à situação corrente dos negócios quanto nas expectativas para os meses seguintes. Apesar da queda na margem, o Índice da Situação Atual (ISA-COM) manteve-se acima dos 100 pontos sinalizando um ritmo ainda aquecido de vendas”, avalia Rodolpho Tobler, economista do FGV IBRE.
O Índice da Situação Atual, que mede a confiança no presente, caiu 2,9 pontos e chegou a 105,6. Já o Índice de Expectativas, que mede a percepção do empresariado em relação ao futuro, caiu 2,7 pontos e atingiu 84,8.
Segundo Rodolpho Tobler, as medidas de estímulo recentemente anunciadas pelo governo ainda devem sustentar o nível de demanda atual por mais alguns meses.
"O IE-COM (Expectativas) continua em patamar baixo, sugerindo maiores dificuldades à frente. É possível que a as medidas recentes de estímulo adotadas pelo governo ainda sustentem o nível presente da demanda por mais alguns meses. Mas a inflação e juros em patamares elevados e os baixos níveis de confiança do consumidor devem segurar uma retomada mais consistente do setor", completa o economista da FGV.
Confira aqui a sondagem completa do comércio realizada pela FGV.