
Renda do trabalhador tem redução de 5%
Mariana Ohde
25 de novembro de 2016, 10:59
As notícias e as filas para entrega de currículos já antecipavam a pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e..
Julie Gelenski - 25 de novembro de 2016, 11:43
As notícias e as filas para entrega de currículos já antecipavam a pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 2015 teve alta de 38% no índice de desemprego do país, o maior da história, atingindo cerca de dez milhões de brasileiros.
Foi o décimo nono mês, seguido, em que demissões superaram contratações. A construção civil e serviços lideram perdas. No acumulado do ano, já foram fechados 751,8 mil postos em todo o país, com carteira assinada.
Só em outubro desse ano, 74 mil e setecentas vagas formais foram fechadas no Brasil. Apesar do resultado negativo, o número de vagas fechadas ficou abaixo do registrado em outubro de 2015. Naquele mês, as demissões superaram as contratações em 169 mil e cem, o pior resultado para o mês na série histórica do Ministério do Trabalho, que tem início em 1992.
Apenas o comércio apresentou saldo positivo, com criação de 12 mil e quinhentos postos. A indústria da transformação, que havia apresentado saldo positivo em agosto e setembro, fechou 5 mil e seiscentas vagas.
A contínua deterioração do mercado de trabalho ocorre num momento em que agentes já começam a questionar o fôlego para a recuperação da atividade em 2017. Para o ano que vem, a projeção de crescimento foi reduzida de 1,13% para 1%, na sexta revisão seguida para baixo. Com a piora crescente no mercado de trabalho, o Índice de Confiança do Consumidor, medido pela FGV (Fundação Getulio Vargas), caiu 3,3 pontos, para 79,1 pontos em novembro.
Houve uma redução considerável também na renda das famílias, outro fator de grande impacto na economia do país. O rendimento total familiar teve queda de 7,5%. Isso quer dizer, que por exemplo, uma família que tinha a renda total de R$ 3.443,00 passou a ter R$ 3.186,00.