
Situação econômica do país reduz intenção de consumo dos paranaenses
Francielly Azevedo
02 de julho de 2019, 10:58
A proposta apresentada pelo governador Ratinho Júnior (PSD) prevê reposição de 0,5% aos servidores a partir de outubro, ..
Fernando Garcel - 04 de julho de 2019, 11:21
A proposta apresentada pelo governador Ratinho Júnior (PSD) prevê reposição de 0,5% aos servidores a partir de outubro, o que representa cinco reais a mais na folha de pagamento para cada mil que o funcionário público recebe por mês. O valor está longe dos 4,94% referentes a data-base das perdas com a inflação no último ano que motivaram a deflagração da greve no dia 25 de junho.
Segundo o movimento grevista um professor que recebe R$ 2.872,71 por mês acumula perdas de R$ 6,5 mil ao ano. O cálculo é simples e leva em conta os salários congelados menos a inflação de 17% acumulada no período. A partir de outubro, com a proposta, o professor irá receber R$ 14,36 a mais. Com esse valor, o servidor consegue comprar:
Um soldado da Polícia Militar que recebe R$ 3,6 mil acumula perdas de R$ 8,3 mil por ano e terá R$ 18 a mais na folha de pagamento. O policial poderá comprar:
O Fórum de Entidades Sindicais (FES), que coordena a greve, rechaçou a hipótese de ceder ao governo e a proposta foi recebida como uma afronta ao movimento. Com uma defasagem salarial de 17%, resultado de quatro anos de vencimentos congelados, os servidores estaduais pediam ao menos o reconhecimento da data-base com reposição da inflação dos últimos 12 meses, calculada em 4,94%.
> Greve: servidores consideram proposta uma ‘afronta’ e prometem acirrar mobilização
Servidores das áreas da educação, segurança, saúde, agricultura e abastecimento estão aderindo ao movimento pelo direito à data-base.
As classes policiais, impedidas por lei de deflagrar greve, manifestaram um sentimento de traição por parte do governo. As categorias esperavam que o governo apresentasse uma proposta de parcelamento que levasse em consideração a defasagem de 17%, acumulada desde 2016, e não apenas da inflação dos últimos 12 meses.
> Coronel aposta seu salário com deputados militares que governo não cumprirá data-base
O projeto de lei assinado por Ratinho Júnior foi enviado à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) ontem e formaliza a proposta de 0,5% em outubro e o pagamento parcelado de 1,5% a partir de março de 2020; 1,5% a partir de janeiro de 2021 e 1,5% a partir de janeiro de 2022. As duas últimas parcelas ficam condicionadas ao crescimento mínimo de 6,5% e 7%, respectivamente, da receita corrente líquida em relação ao ano anterior.
> Ratinho Junior anuncia reajuste parcelado aos servidores e concursos públicos
Na justificativa do texto, o Executivo afirma que os reajustes representam um grande esforço para assegurar os direitos do funcionalismo público sobre seus vencimentos, mesmo diante das dificuldades no cenário econômico atual. Ainda na justificativa, o Governo do Estado reafirma o compromisso em promover a valorização profissional dos servidores para o desempenho das suas funções, porém reforça a postura de responsabilidade frente aos desafios existentes nas finanças pública do Paraná.
A proposta segue para a análise inicial da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, posteriormente, para as demais Comissões permanentes da Alep antes de seguir ao plenário para votação.