Confiança dos empresários paranaenses é a maior desde o início da pandemia

Passados os primeiros compromissos do ano, o período de pagamento de impostos e as festividades do Carnaval, a tendência é que a economia se estabilize

Setores do comércio paranaense estão confiantes no aumento das vendas a partir de março. Passados os primeiros compromissos do ano, o período de pagamento de impostos e as festividades do Carnaval, a tendência é que a economia se estabilize. A maioria dos empresários paranaenses está otimista para o primeiro semestre. As informações são da BandNews Curitiba.

O presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP), Camilo Turmina, analisa que, após meses de turbulência, o momento atual é de reorganização.

“Depois do Carnaval toda a economia reorganizada para produzir mais, é por isso que historicamente tudo acontece depois do Carnaval. Vamos ter um ciclo de crescimento e isso é muito bom para todos”, avaliou.

Apesar do otimismo, a ACP reconhece que existem desafios importantes pela frente. Ainda não se sabe como a invasão da Rússia à Ucrânia vai impactar a economia global. Além disso, no cenário doméstico, anos eleitorais sempre são acompanhados de especulações e incertezas.

“Se saímos de uma guerra globalizada, agora temos uma privada, lá na Europa, e temos uma eleição comum a todos nós e que já estamos acostumados. Mas sabemos que é preciso trabalhar antes de mais nada”, completa Turmina.

A pesquisa mais recente da Fecomércio, divulgada no final de fevereiro, revelou que 66% dos empreendedores do Paraná estão otimistas para o primeiro semestre do ano. Esse é o índice mais alto desde o início da pandemia do coronavírus.

Os varejistas e prestadores de serviço são os mais confiantes. Entre os empresários ligados ao turismo, o otimismo se mostrou mais tímido, mas superior ao cenário do último semestre. A parcela dos entrevistados que pretende realizar investimentos nos próximos meses aumentou, e passou de 37% para 44%.

As dificuldades mais citadas pelos empreendedores seguem idênticas ao ano passado: a instabilidade econômica, a inflação e o custo das mercadorias.