
São Paulo vence Bragantino e ganha moral para maratona no Paulista
Folhapress
12 de abril de 2021, 22:31
Em jogo dramático, o Defensa y Justicia conquistou o título da Recopa Sul-Americana ao vencer o Palmeiras nos pênaltis (..
Rafael Nascimento - 15 de abril de 2021, 00:35
Em jogo dramático, o Defensa y Justicia conquistou o título da Recopa Sul-Americana ao vencer o Palmeiras nos pênaltis (4 a 3) na noite desta quarta-feira (14), no Estádio Mané Garrincha, em Brasília, no jogo de volta da competição.
O time argentino venceu por 2 a 1 no tempo normal, mesmo placar do confronto de ida, disputado semana passada na Argentina e vencido pelo time brasileiro, e forçou a decisão na prorrogação e depois nos pênaltis.
Raphael Veiga, em cobrança de pênalti, anotou o gol alviverde. Braian Romero, no primeiro tempo e Benítez, já nos acréscimos da etapa final, fizeram os gols argentinos no tempo normal.
Após empate na prorrogação, Luiz Adriano, que entrou no segundo tempo do tempo extra, e Weverton desperdiçaram suas cobranças de pênaltis.
A Recopa Sul-Americana reune os campeões da Copa Libertadores e da Copa Sul-Americana.
Além da taça, o time argentino, atual campeonato da Sul-Americana, embolsa US$ 1,25 milhão (pouco mais de R$ 7 milhões na cotação atual) com a conquista da Recopa.
Palmeiras e Defensa y Justicia serão rivais no Grupo A da Copa Libertadores, que foi definido hoje com a vitória do Del Valle sobre o Grêmio.
Este foi o segundo título perdido nos pênaltis pelo Palmeiras em menos de uma semana, que foi vencido pelo Flamengo, domingo passado, na decisão da Supercopa do Brasil.
O jogo começou quente no Mané Garrincha, com as equipes abusando de entradas duras e muita reclamação com a arbitragem.
Com a bola no chão, o Palmeiras chegou pela primeira vez mais 8 minutos, após lançamento do campo de defesa de Danilo e arremate de Wesley, em posição irregular, salvo em cima da linha pela defesa argentina.
Derrotado no jogo de ida, a necessidade do resultado positivo fez o Defensa y Justicia se lançar todo ao ataque. Aos 14 minutos, Weverton bateu roupa após chute de fora da área, mas o goleiro palmeirense levou sorte ao Pizzini não aproveitar o rebote.
Só que ao mesmo tempo em que atacava com intensidade, os argentinos cediam espaços para contra-ataques do Palmeiras. Em um deles, Raphael Veiga roubou a bola e acionou Rony, que invadiu a área e foi derrubado dentro da área. O árbitro Leodan González minimizou o lance em um primeiro momento, mas confirmou o pênalti após consulta ao assistente de vídeo (VAR). Veiga cobrou com força e abriu o placar: 1 a 0.
Em novo contra-ataque veloz puxado pelo Palmeiras, aos 27 minutos, Rony invadiu a área e serviu Wesley, mas o camisa 11 se atrapalhou com a bola, caiu e não conseguiu a finalização.
De tanto pressionar, o Defensa y Justicia chegou ao empate com Braian Romero, em chute forte aos 29 minutos.
O time argentino seguiu abafando o Palmeiras e exigiu que Weverton se esticasse para defender os arremates de Braian Romero e Benítez.
PRESSÃO ARGENTINA NO TEMPO NORMAL E NA PRORROGAÇÃO
Rony teve boa chance logo aos 3 minutos da etapa final, mas parou no goleiro Unsain. Apesar do lance palmeirense, o Defensa y Justicia era mais consistente e cresceu no jogo. Bastante exigido, Weverton evitou o segundo gol argentino após chute de Braian Romero e tentativa de gol olímpico de Benítez.
Não bastasse as dificuldades na saída de jogo, o Palmeiras ainda ficou em desvantagem numérica aos 20 minutos. Viña foi puxado e derrubado por Meza em descida ao ataque, mas reagiu com um pontapé nas costas do marcador e foi expulso.
O Palmeiras suportou a blitz do Defensa y Justicia até os acréscimos, mas não segurou o empate. Aos 47 do segundo tempo, Benítez aproveitou erro na saída de bola palmeirense e soltou uma pancada de fora da área, sem qualquer chance para Weverton e para decretar a prorrogação: 2 a 1.
Mesmo com um homem a menos e o alto desgaste físico, o Palmeiras foi valente nos 30 minutos de tempo extra. Aos 5 minutos da prorrogação, o goleiro Unsain agarrou Rony, pênalti confirmado após análise do VAR.
A indefinição do árbitro Leodan González inflamou jogadores dos dois times, que se desentenderam dentro e fora de campo - pior para o time argentino, que perdeu Braian Romero expulso por reclamação.
Gustavo Gómez bateu fraco a cobrança de pênalti e facilitou o trabalho de Unsain.
No segundo tempo da prorrogação, o técnico Abel Ferreira promoveu a entrada do atacante Luiz Adriano, recuperado da covid-19. Mesmo exaurido, o Palmeiras ainda teve forças para buscar o ataque na reta final da prorrogação, mas o gol não saiu.
Luiz Adriano, na trave e Weverton, sobre o gol, desperdiçaram suas cobranças e o Defensa y Justicia, impecável nos pênaltis, levou o titulo por 4 a 3.