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Oleg Ostapenko, ex-técnico da ginástica do Brasil, morre na Ucrânia

Oleg Ostapenko, ex-técnico da ginástica do Brasil, morre na Ucrânia

O técnico Oleg Ostapenko, que dirigiu a seleção brasileira de ginástica artística de 2001 a 2008 e de 2011 a 2015, morre..

Martha Feldens - sábado, 3 de julho de 2021 - 13:36

O técnico Oleg Ostapenko, que dirigiu a seleção brasileira de ginástica artística de 2001 a 2008 e de 2011 a 2015, morreu neste sábado (3) em Kiev, na Ucrânia, aos 76 anos. O treinador, que também dirigiu Rússia e Ucrânia, enfrentava problemas nos rins e pulmões.

A chegada de Ostapenko ao Brasil coincidiu com um dos períodos mais gloriosos da ginástica artística do país. Foi nesta época que Daiane dos Santos e Danielle Hypólito começaram a se destacar em etapas da Copa do Mundo e Campeonatos Mundiais.

Sob o comando de Ostapenko, Daiane dos Santos se tornou a primeira brasileira campeã mundial de ginástica artística em 2003. Na final do solo no Mundial de Anaheim, nos Estados Unidos, ela derrotou a romena Catalina Ponor e a espanhola Elena Gómez. Na ocasião, executou o duplo twist carpado pela primeira vez. O movimento recebeu o nome de “Dos Santos” e foi desenvolvido junto com o treinador ucraniano.

Daiane foi uma das primeiras a se manifestar sobre a morte do treinador. Em sua conta no Instagram, a ginasta postou uma homenagem ao antigo mentor.

“Hoje o dia começou triste, com uma grande dor no coração. Nunca é fácil perder alguém que amamos. Oleg, você foi mais que um treinador, um segundo pai, um amigo leal, conselheiro para uma vida inteira… Em meu coração um mix de sentimentos, tristeza, saudade. Felicidade em ter aprendido com a sua sabedoria, gratidão a Deus por termos unidos os nossos caminhos”, escreveu a ginasta.

“Obrigado mestre, que você descanse em paz, sua gargalhada fará muito falta”, acrescentou.

Sob o comando de Ostapenko, Daiane viveu o auge da carreira, com mais 14 medalhas em etapas da Copa do Mundo (nove ouros, uma prata e quatro bronzes). O treinador deixou o Brasil em 2015 por não chegar a um acordo financeiro sobre seu salário com o COB (Comitê Olímpico do Brasil).

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