Foto: DER PR

Verstappen tem Pérez como trunfo contra Hamilton no GP de São Paulo de F1

Na última etapa da F1 antes do GP de São Paulo, neste domingo (14), Max Verstappen venceu no México, mas o grande festej..

Na última etapa da F1 antes do GP de São Paulo, neste domingo (14), Max Verstappen venceu no México, mas o grande festejado pela torcida local foi, obviamente, o mexicano Sergio Pérez, companheiro do holandês na Red Bull, que chegou em terceiro –Lewis Hamilton, da Mercedes, foi o segundo colocado.

Apesar de não subir no lugar mais alto do pódio, o reconhecimento dado pelos torcedores ao piloto era mais do que um gesto de patriotismo. Refletia, também, o bom desempenho que ele tem na F1, sobretudo a partir da segunda metade do campeonato, a ponto de ser decisivo tanto na disputa entre as equipes pelo título de construtores como para ajudar Verstappen na luta para ser campeão.

Aos 31 anos, o único representante latino na principal categoria do automobilismo mundial vem de três pódios consecutivos, todos na terceira posição (México, EUA e Turquia).

No Brasil, o objetivo dele é, se possível, melhorar ainda mais o seu rendimento. Ele já esteve aqui nove vezes e nunca subiu ao pódio. Seu melhor desempenho foi em 2016, quando largou em nono e terminou como o quarto colocado, correndo pela Force India.

“Eu gostaria de estar no pódio do Brasil. É um que eu não conheço e estou realmente ansioso por isso. Eu sei que posso estar no pódio”, afirmou o mexicano.

Caso consiga uma dobradinha com seu companheiro, dominando a primeira e segunda posição, além de poder diminuir a diferença para Valtteri Bottas na briga pelo terceiro lugar do Mundial, Pérez atrapalharia ainda mais a vida de Hamilton, que está 19 pontos atrás do holandês (312,5 a 293,5) –a largada da etapa brasileira está marcada para às 14h (a Band transmite).

Atualmente, o segundo piloto da Red Bull é o quarto colocado, com 165 pontos, 20 atrás de Bottas, numa briga acirrada pelo terceiro lugar do campeonato. A diferença vem caindo nas últimas etapas devido aos resultados do finlandês.

O companheiro de Hamilton na Mercedes até venceu a corrida na Turquia, mas depois foi apenas o 5º nos EUA e o 15º na última etapa, quando largou na pole e envolveu-se em um acidente na primeira volta, depois de permitir que o líder da temporada ganhasse sua posição.

Em um ano em que Verstappen e Hamilton polarizaram as disputas pelas vitórias, é o rendimento de seus companheiros de equipe que acirra a briga entre as escuderias.

Mercedes e Red Bull chegam ao Brasil separadas por a um ponto, com vantagem para os alemães: 478,5 a 477,5. Além disso, em Interlagos, o time patrocinado pela empresa de bebidas energéticas já venceu cinco vezes, enquanto o alemão ganhou quatro.

A etapa brasileira poderá ser decisiva para o desfecho da temporada. E a Red Bull desponta como favorita não só por ter vencido a última prova aqui, em 2019 –não houve corrida no Brasil em 2020 por causa da pandemia de Covid-19–, mas pela consistência que os carros da equipe vem demonstrando –Verstappen, por exemplo, conquistou 9 vitórias e 9 poles contra 5 triunfos 3 poles de Hamilton.

Bottas e Pérez, por sua vez, venceram uma corrida cada, mas o finlandês tem mais pódios do que o rival, 9 contra 5. A diferença ocorre, principalmente, porque o mexicano demorou para se adaptar ao carro de sua equipe no início da temporada.

Para Christian Horner, chefe do mexicano, o piloto ganhou maior confiança quando entendeu os conceitos de seu veículo. “Isso começou após as férias de verão. Acho que as performances dele melhoram mais e mais”, afirmou.

O próprio piloto reconhece que sofreu no início, mas já vislumbra uma temporada mais competitiva e até brigar pelo título em 2022.

“Nas próximas quatro etapas quero estar na altura dos melhores para iniciar o próximo ano. Espero que a Red Bull possa ter uma temporada competitiva com esta”, disse.

Na reta final do campeonato, ele pode ganhar moral dentro da escuderia caso consiga ajudar Verstappen a levar o título inédito, além de garantir para a Red Bull o quinto título de construtores.

“Nós estamos em uma luta apertada com a Mercedes, então todo ponto importa. Precisamos manter esse bom momento para ganhar o Mundial de equipes”, completa o mexicano.