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Filme com Johnny Massaro sobre início da Aids no Brasil estará no Festival do Rio

Filme com Johnny Massaro sobre início da Aids no Brasil estará no Festival do Rio

O filme brasileiro “Os Primeiros Soldados”, protagonizado por Johnny Massaro, Renata Carvalho e Vitor Camilo, fala sobre..

Mirian Villa - quinta-feira, 9 de dezembro de 2021 - 09:53

O filme brasileiro “Os Primeiros Soldados”, protagonizado por Johnny Massaro, Renata Carvalho e Vitor Camilo, fala sobre o processo de marginalização social e os sentimentos vividos pela população LGBTQIA+ com a primeira onda de HIV no Brasil.

Neste sábado (11) e no domingo (12), o longa será exibido na competição do Première Brasil da 23ª edição do Festival do Rio.

O filme se passa em Vitória, no Espírito Santo, em 1983, e conta a história de dois rapazes gays e uma mulher transexual que contraem o vírus durante a chegada da Aids ao país. Na trama, eles se unem na tentativa de sobreviver à doença, que ainda era bastante desconhecida na época.

Vencedora dos prêmios de Melhor Filme pelo Júri Jovem e Melhor Filme Prêmio do Público no 70º International Film Festival Mannheim-Heidelberg, a produção tem roteiro assinado por Rodrigo de Oliveira.

No ar em “Verdades Secretas 2”, Johnny Massaro, 29, vive no longa-metragem o biólogo Suzano, o primeiro “soldado” a receber o diagnóstico de Aids. A partir disso, ele passa a acompanhar as modificações e influências do vírus em seu corpo.

Já Renata Carvalho, 40, mulher transexual nascida em Santos, traz para o enredo sua experiência de vida real. Reconhecida por obras focadas na questão do corpo transexual, ela vive Rose no filme. Atriz, Renata também trabalha como diretora no teatro e dedicou bons anos ao expediente de prevenção e assistência a travestis e transexuais em São Paulo.

“Os Primeiros Soldados” conta ainda com Vitor Camilo, 28, no papel do videomaker Humberto, que se aproxima de Rose e Suzano ao descobrir que é soropositivo.

Rodado poucos meses antes do início da pandemia, “Os Primeiros Soldados” resgata uma realidade enfrentada pela comunidade LGBTQIA+ no início da década de 1980, quando a marginalização e a intolerância se intensificaram com a chegada do HIV.

O filme se propõe a transmitir as angústias e a união dessa parcela da população, que naquele contexto só podia contar com pessoas do próprio grupo.

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