Jean-Luc Godard morreu por suicídio assistido na Suíça, afirma jornal francês
Uma pessoa da família teria explicado ao jornal que Godard não estava doente, mas muito exausto. Técnica é permitida na Suíça, onde o ator vivia.
Jean-Luc Godard, morto nesta terça-feira (13) aos 91, teria recorrido ao suicídio assistido. A técnica é permitida na Suíça, país onde o ator vivia. As informações são do jornal francês Libération.
Uma pessoa da família teria explicado ao jornal que Godard não estava doente, mas muito exausto.
“Ele tomou a decisão de acabar com isso. Foi sua decisão e era importante para ele que ela fosse conhecida”, supostamente disse a fonte anônima. O Libération afirma que outra pessoa próxima ao cineasta confirmou a informação. A causa da morte não foi divulgada oficialmente pela família do diretor.
Ao optar pelo suicídio assistido, é a própria pessoa, auxiliada por terceiros, que toma a atitude final. É diferente da eutanásia, em que outra pessoa é quem executa a ação fatal.
A legislação suíça só faz uma ressalva sobre a técnica.
“Aquele que, motivado por um motivo egoísta, incitar uma pessoa ao suicídio, ou ajudá-la a cometer suicídio, será punido com pena de prisão não superior a cinco anos ou uma multa pecuniária”, define o Código Penal do país.
O cineasta já sugeriu que não teria problema em optar pelo suicídio assistido numa entrevista que deu em 2014 para falar sobre o filme “Adeus à Linguagem”, que competia no Festival de Cannes. “Se estou muito doente, não quero ser arrastado em um carrinho de mão… De jeito nenhum”, disse na época.
MORTE DE JEAN-LUC GODARD
O ator e cineasta Jean-Luc Godard morreu nesta terça-feira (13), aos 91 anos. O artista é considerado um ícone da nouvelle vague.
Ele se consagrou por comandar uma revolução no cinema. De nacionalidade franco-suíça, suas obras marcaram a produção audiovisual como em ‘Acossado’, ‘Uma Mulher É uma Mulher’ e ‘Bando à Parte’.