Monark pede desculpas e Flow Podcast tem episódio removido
Após defender antissemitismo e perder diversos patrocinadores, o âncora do podcast tentou se desculpar através de um vídeo no Twitter
O apresentador de podcast Bruno Aiub, conhecido como Monark, publicou um vídeo para pedir desculpas após defender a existência de um partido nazista. A fala foi feita no programa do Flow Podcast de ontem (7), que contou com as participações dos deputados Kim Kataguiri (Podemos) e Tábara Amaral (PSB).
“Eu tava muito bêbado” e “peço compreensão” foram alguns dos apelos de Monark ao longo dos 95 segundos de vídeo, postados em sua conta no Twitter.
O apresentador finaliza: “E eu convido, inclusive, os maiores representantes dessa comunidade (judaica) para virem conversar comigo, para me explicarem mais sobre toda a história” .
Cerca de uma hora depois, o episódio do podcast foi removido do YouTube.
MONARK DEFENDEU A CRIAÇÃO DE PARTIDO NAZISTA NO BRASIL
O programa de quase 5 horas, com a participação dos deputados Kim Kataguiri (Podemos) e Tabata Amaral (PSB), já atingia quase meio milhão de visualizações após 13 horas de sua transmissão.
Nele, Monark afirma que “o nazista tinha que ter seu partido reconhecido pela lei”, e complementa: “Se o cara quer ser um anti-judeu, eu acho que ele tinha o direito de ser”.
Após a polêmica, A Flash Benefícios, principal patrocinadora do episódio, que tinha sua logo exposta na tela durante as declarações de Monark, publicou uma nota de repúdio e anunciou o encerramento da parceria com o programa.
“A Flash Benefícios acredita em uma sociedade igualitária, sem qualquer tipo de discriminação. Não há sociedade livre quando há intolerância ou busca de legitimação de discursos odiosos, nazistas e racistas, tecidos a partir de uma suposta liberdade de expressão”, disse a empresa.
Além dela, a plataforma Finclass também anunciou que não patrocinaria mais Monark e o Flow Podcast. Já a rede de moda Insider Store fez o mesmo, depois de tentar apagar, sem sucesso, a onde de comentários de fãs pressionando a marca em sua página do Instagram.
Na internet, muitos ainda discutem uma possível punição legal à Monark, já que a lei federal antirracismo (Lei 7.716, de 1989) afirma de forma clara que a apologia ao nazismo é crime. A pena é de prisão de dois a cinco anos e multa.
Matéria sob supervisão do jornalista Vinicius Cordeiro.