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Folhapress
02 de abril de 2022, 17:59
Considerada uma das damas da literatura brasileira, ela era uma das imortais da ABL, vencedora dos prêmios Jabuti e Camões e indicada ao Nobel de Literatura.
Redação - 03 de abril de 2022, 12:26
Morreu neste domingo (3), aos 98 anos, a escritora Lygia Fagundes Telles. Considerada uma das damas da literatura brasileira, ela era uma das imortais da Academia Brasileira de Letras (ABL) e vencedora de prêmios importantes, como o Jabuti e o Camões.
A morte teria acontecido nesta manhã, de causas naturais. Nascida em 19 de abril de 1923, em São Paulo, foi um dos nomes do pós-modernismo, com suas obras que retratavam a morte, o medo, a loucura e a fantasia.
A primeira obra de Lygia Fagundes Telles foi com Porão e Sobrados, de contos, em 1938. Anos depois, formou-se em direito na capital paulista. Ingressou de vez na literatura após ser incentivada pelos amigos Carlos Drummond de Andrade e Érico Veríssimo.
De acordo com o crítico literário Antônio Cândido, a maturidade literária foi atingida por Lygia em 1954, com o romance Ciranda de Pedra. Na década seguinte, o romance Verão no Aquário deu a Lygia o primeiro Prêmio Jabuti conquistado por ela.
Foi a quarta ocupante da cadeira número 16 da Academia Brasileira de Letras, sucedendo Pedro Calmon.
Em 1996 e 2001, também foi premiada com o Jabuti pelas obras com textos curtos A Noite Escura e Mais Eu e Invenção e Memória, respectivamente.
Em 2005, ganhou o Prêmio Camões pelo conjunto da obra. A premiação é internacional, com obras e autores que têm a língua portuguesa como oficial.
Já em 2016, tornou-se a primeira mulher brasileira a ser indicada ao Prêmio Nobel de Literatura.