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Redação
04 de junho de 2021, 19:15
A Anvisa aprovou, com 4 votos favoráveis e 1 contra, a importação e uso de duas vacinas contra Covid-19 no Brasil: Sputn..
Vinicius Cordeiro - 04 de junho de 2021, 22:37
A Anvisa aprovou, com 4 votos favoráveis e 1 contra, a importação e uso de duas vacinas contra Covid-19 no Brasil: Sputnik V, da Rússia, e Covaxin, desenvolvida na Índia.
A votação foi marcada pela extensa discussão: foram sete horas deliberando sobre o tema. Vale lembrar que os pedidos foram aprovados excepcionalmente, com ressalvas pelo momento crítico da pandemia, e com restrições no uso das vacinas.
O diretor Alex Campos destacou o risco da nova onda de Covid no país, o que necessita maior velocidade na vacinação. Ele admitiu que faltaram dados, mas que as restrições impostas permitem o uso das vacinas com proteção à população.
A única que votou contra a aprovação foi a diretora Cristiane Jourdan, que apontou que as incertezas sobre as vacinas superam as intenções de acabar os riscos.
No fim das contas, a Sputnik V poderá ser usada em 1% da população de cada estado para o cronograma de junho:
Após o uso do quantitativo acima, a Anvisa vai analisar os dados de monitoramento do uso da vacina para poder avaliar os próximos quantitativos a serem importados.
Já no caso na Covaxin, o uso será restrito a 1% da população. O pedido foi do Ministério da Saúde para distribuir cerca de 20 milhões de doses. No entanto, após o uso das 4 milhões de doses autorizadas, a Agência vai analisar os dados de monitoramento do uso da vacina.
Vale lembrar que a Anvisa já havia reprovado a compra dos imunizantes. A mudança agora se dá após a chegada de novos documentos, mas também foi motivada por pressão de política. Os governadores do Nordeste já têm firmado um acordo por mais de 66 milhões de doses da Sputnik.
O gerente-geral da Anvisa, Gustavo Mendes, foi bem claro quanto às restrições das vacinas por causa de 'incertezas técnicas'.
Segundo ele, alguns públicos não deve ser utilizada por:
Além destas, também é contraindicado para pessoas que tenham recebido imunoglobulinas ou hemoderivados até três meses antes. Pacientes que se sujeitaram a tratamentos com imunossupressores, citotóxicos, quimioterapia ou radiação, alémde terapias com biológicos incluindo anticorpos anticitocinas e outros anticorpo também não estão na lista.
O Fundo de Investimento Direto Russo (RDIF, fundo soberano da Federação Russa) confirmou a aprovação da Sputnik V. Com isso, o Brasil é o 67º país que aprova a vacina contra covid-19.
"A decisão da Anvisa de aprovar o uso da vacina Sputnik V em diversos estados brasileiros abrirá o acesso a um dos melhores medicamentos contra o coronavírus do mundo. Todos os documentos necessários foram inicialmente fornecidos à Anvisa, e posteriormente nenhuma das questões levantadas pelo regulador ficou sem resposta após a decisão de adiar a aprovação da ‘Sputnik V’. Estamos prontos para mais cooperação com parceiros no país para salvar vidas e superar a pandemia", diz o CEO do Fundo de Investimento Direto Russo, Kirill Dmitriev.
Além disso, os russos ainda celebram alguns fatos sobre a vacina como a eficácia de 97,6%, sem criar alergias ou efeitos colaterais graves e o custo abaixo de US$ 10 por dose.