
Responsável por Loterias da Caixa é exonerado do cargo
Redação
20 de abril de 2016, 16:02
Em despacho divulgado na manhã desta quinta-feira, (17), o juiz responsável pelos processos da Lava Jato em primeira ins..
Redação - 20 de abril de 2016, 20:06
Em despacho divulgado na manhã desta quinta-feira, (17), o juiz responsável pelos processos da Lava Jato em primeira instância, Sérgio Moro, rebateu o questionamento feito por advogados de defesa de Lula de que o grampo da conversa com a presidente Dilma Roussef foi ilegal, já que aconteceu depois de interrompida a autorização judicial.
Segundo o despacho, a gravação polêmica em que Dilma fala sobre o “papel” que antecipa a nomeação na Casa Civil, e que poderia evitar uma possível prisão de Lula, foi registrada “entre a decisão e a implementação da ordem junto às operadoras (de telefonia)”, afirma Moro.
“Como havia justa causa e autorização legal para interceptação, não vislumbro maiores problemas no ocorrido”, argumentou. Sérgio Moro ainda defende que o fato da gravação ter sido feita depois “não é ainda caso de exclusão do diálogo considerando o seu conteúdo relevante no contexto das investigações”.
O juiz ainda rebate o questionamento sobre a suposta ilegalidade de interceptar ligações da presidente.
” A circunstância do diálogo ter por interlocutor autoridade com foro privilegiado não altera o quadro, pois o interceptado era o investigado, não a autoridade, sendo a comunicação interceptada fortuitamente”, justificou.
Ainda segundo Sérgio Moro, caberá ao Supremo Tribunal Federal, quando receber o processo, decidir “definitivamente sobre essas questões”, concluiu.