Mais afinado com o grupo político que tomou posse da administração federal, o governo do Paraná agora vive a expectativa de liberar os empréstimos internacionais que estão parados, ao menos na explicação oficial, desde agosto do ano passado.
Eles somam R$ 1,7 bilhão, dinheiro que poderia reforçar significativamente o caixa do Estado, que tem para este ano, a previsão de R$ 6,5 bilhões para investimentos.
Com o PSDB fazendo parte do governo e o ex-secretário estadual Ricardo Barros no ministério da Saúde, o tratamento deve melhorar, diz a vice-governadora Cida Borguetti (PP).
“Confiamos na melhoria das relações com o Paraná. O nosso principal pleito é a liberação dos empréstimos internacionais para investimentos em infraestrutura e nos municípios”.
Lotada em Brasília, e esposa de Barros, ela é a responsável pelo grupo de trabalho que negocia os interesses do Estado junto à União.
O chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni (PSDB) diz que os empréstimos não eram liberados por razões políticas. “O novo governo nos dá a possibilidade de ir buscar estes re-cursos num curto espaço de tempo”, afirma.
Os financiamentos foram assunto de celeuma eleitoral em 2014, ano em que o Estado teve que recorrer ao STF para conseguir acesso ao Proinveste — verba que todos os outros Estados já haviam conseguido.
Já o governo federal alegava que o Paraná não tinha as certidões financeiras necessárias.
Bloqueio
Em agosto de 2015 a União anunciou a suspensão oficial de todos os empréstimos internacionais para Estados ou municípios. A justificativa foi que eles afetam meta de superavit primário e têm impacto direto na dívida bruta e na dívida externa, que já estavam em níveis preocupantes.