
Brasil ganhou um milhão de novas linhas de celular em um mês
Mariana Ohde
05 de janeiro de 2017, 07:50
Brunno Brugnolo, Metro Jornal Curitiba O secretário municipal de Saúde, João Carlos Baracho, anunciou ontem o pagamento..
Narley Resende - 05 de janeiro de 2017, 08:28
Brunno Brugnolo, Metro Jornal Curitiba
O secretário municipal de Saúde, João Carlos Baracho, anunciou ontem o pagamento de R$ 26,5 milhões a hospitais da rede pública de Curitiba referente aos serviços prestados em dezembro. O valor – que de acordo com os hospitais estava atrasado – deve ser quitado amanhã ou no máximo até a próxima segunda-feira (9), dependendo da velocidade das operações bancárias.
Segundo Baracho, estes R$ 26,5 milhões (de um total de R$ 47 milhões repassados pelo Ministério da Saúde antes do Natal) sofreram desvio de finalidade. De acordo com um rastreamento da secretaria, ao invés de pagar os prestadores de serviços, o dinheiro foi transferido para outras 13 contas referentes a diferentes ações da pró- pria pasta da Saúde.
No último dia 29, a antiga gestão negou qualquer atraso nos pagamentos aos hospitais de Curitiba e afirmou que a maioria dos recursos foram recebidos pelo município em sua maioria a partir do dia 26. “Portarias do Ministério da Saúde determinam pagamento dos serviços executados e auditados e dão um prazo de cinco dias úteis a partir da entrada dos recursos nas contas”, disse à época, em nota.
Além dos atrasados, Baracho também anunciou mais duas medidas para atender os hospitais: um aporte extra de recursos na semana que vem e a antecipação do repasse do Ministério da Saúde referente a janeiro.
A secretaria não revelou valores, mas informou que a verba virá do município e que o próprio prefeito Rafael Greca (PMN) vai anunciar o aporte.
Já com relação a verba do SUS, a prefeitura espera repassar o valor ainda neste mês – ao contrário do que aconteceu em dezembro.
Gestores de hospitais apresentam ‘pontos críticos’ a prefeitura
O encontro de ontem entre secretaria municipal de Saúde e os representantes de hospitais que atendem a rede pública marcou a instalação do comitê gestor, criado para discutir mensalmente questões relacionadas aos hospitais. O secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto, também esteve presente.
Já na reunião inaugural foram apresentados pontos emergenciais para amenizar a crise financeira das instituições. Segundo o presidente da Femipa (Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Paraná), Flaviano Ventorim, são quatro os principais: o pagamento em dia; a revisão da contratualização (estagnada há quatro anos); um plano de investimentos e a revisão da regulação (direcionamento de pacientes).
Sobre o segundo ponto, é aguardada uma revisão dos procedimentos de média e alta complexidade, que depende do governo federal. Já sobre o último, o presidente da Femipa diz que a capital perdeu pacientes de outras localidades, que teriam condições de serem atendidos aqui.
“Os pacientes de fora de Curitiba, de outras cidades e estados não vem mais para cá. A capital perdeu o protagonismo ao longo do tempo e, se Curitiba não faz, os outros fazem”, disse Ventorim a respeito do crescimento de hospitais na RMC, como o Angelina Caron e o Nossa Senhora do Rocio, em Campina Grande do Sul e Campo Largo, respectivamente.
“A nova gestão se mostrou comprometida. É um começo positivo e esperamos trabalhar juntos para resolver os problemas”, declarou. A próxima reunião do comitê está marcada para 25 deste mês.