Mais de 3 mil foram presos pela Rússia em manifestações contra guerra

Autoridades russas ameaçaram reprimir qualquer protesto "não autorizado" relacionado à "situação tensa da política externa"

Desde o início das invasões da Rússia na Ucrânia, mais de 3 mil pessoas foram presas no país comandado por Vladimir Putin. O motivo das prisões são as manifestações contra a guerra, informou a ONG de defesa dos direitos humanos OVD-Info.

As manifestações contra os ataques russos acontecem em outros países. No sábado (26), por exemplo, um retrato de Putin foi manchado com tinta vermelha durante protesto do lado de fora da Embaixada da Rússia, em Bucareste, na Romênia.

Segundo informações de veículos internacionais, autoridades russas ameaçaram na última quinta-feira (24) reprimir qualquer protesto “não autorizado” relacionado à “situação tensa da política externa”.

Só no dia 24, cerca de 1,3 mil pessoas foram presas em 51 cidades diferentes. A Rússia tem uma legislação rígida para controlar as manifestações, que costumam resultar em prisões em massa.

Manifestantes em Tóquio, no Japão, também realizaram protesto contra os conflitos e usaram cartazes comparando Putin com Adolf Hitler. Itália e Alemanha também registraram atos a favor da Ucrânia.

Nos EUA, protestos envolvem vodka

Um bar em Las Vegas, por exemplo, está vendendo garrafas de vodka por US$ 300 (equivalente a R$ 1,5 mil) apenas para que a bebida seja jogada fora. A vodka é uma das bebidas mais tradicionais da Rússia.

O dinheiro será repassado para instituições de apoio aos russos. “Nós amamos as pessoas russas e sabemos que muitos cidadãos do país são contra esses atos sem sentido. Não há espaço para pessoas como Putin na sociedade moderna”, afirmou o bar em publicação nas redes sociais.

Um localizado em Oregon também aderiu à “abolição” das bebidas russas. Mais de 10 milhões de litros foram levados da Rússia para os EUA em 2020.