Geral
Monkeypox: Secretaria da Saúde do Paraná publica orientações

Monkeypox: Secretaria da Saúde do Paraná publica orientações

Recomendações são para gestantes que testarem positivo para a doença e para a população geral que apresentar algum tipo de sintoma.

Redação - domingo, 7 de agosto de 2022 - 11:05

A Sesa (Secretaria de Estado da Saúde do Paraná) publicou na sexta-feira (5) e divulgou no sábado (6) uma resolução com orientações sobre o monkeypox, conhecido como varíola dos macacos. As recomendações são para gestantes que testarem positivo para a doença e para a população geral que apresentar algum tipo de sintoma.

De acordo com o documento, assinado pelo secretário César Neves, as mulheres grávidas devem ter acompanhamento médico. Em caso de desenvolvimento da forma grave do monkeypox, elas devem ser hospitalizadas.

Se estiver em trabalho de parto, a orientação é que ele seja individualizado e com base nas indicações obstétricas e nas preferências da mulher.

Segundo a resolução da Sesa, para a população geral que apresentou sintomas, em caso de suspeita, confirmação ou contato com alguém que teve o monkeypox, devem ser seguidas as seguintes orientações:

  • Isolamento até o desaparecimento de lesões na pele
  • Monitoramento diário, por 21 dias, em quem tem chance de desenvolver a forma grave (crianças, gestantes e imunossuprimidos)
  • Não doar sangue, células, tecidos, órgãos, leite materno ou sêmen durante o período de monitoramento
  • Verificar a temperatura do corpo por pelo menos duas vezes ao dia, com o objetivo de perceber alterações

O documento aponta ainda que quem teve contato, mas não apresentou sintomas, não precisa ser isolado. No entanto, caso apareça algum sinal, deve ser verificado se surgiu alguma erupção cutânea, pelo período de sete dias.

A Secretaria da Saúde do Paraná diz também que a população pode se prevenir com o uso de máscara facial e a higienização das mãos. O estado está com 36 casos do monkeypox. Destes, 35 são em Curitiba.

MONKEYPOX: SINTOMAS

Entre os principais sintomas do monkeypox, estão:

  • Lesões na pele
  • Febre
  • Cansaço
  • Dor de cabeça
  • Aumento dos gânglios linfáticos

Esses sinais costumam durar de duas a quatro semanas, como mostra o especialista Fernando Kloster. Em caso de suspeita da doença, o paciente deve ficar em isolamento

Não há tratamento específico para esse tipo de varíola, apenas são aplicados medicamentos para o alívio dos sintomas.

MONKEYPOX: TRANSMISSÃO

A transmissão do monkeypox ocorre pelo contato com as lesões. Por isso, o professor pede atenção para frequentadores de estabelecimentos como barbearias e salões de beleza.

Quem está com suspeita da doença precisa evitar o contato com outras pessoas. Itens como talheres, toalhas, louças, panos de prato e roupa de cama. Crianças, idosos e pessoas com baixa imunidade são suscetíveis a quadros mais graves da doença.

MONKEYPOX: LETALIDADE

De acordo com o especialista Fernando Kloster, o momento é de alerta, como em qualquer movimentação anormal no crescimento de casos de uma doença. Porém já é possível verificar uma baixa letalidade.

“No dia da declaração da OMS, os dados oficiais eram de 16 mil casos em 75 países com cinco mortes. Isso resulta em uma taxa de letalidade de aproximadamente 0,03% ou três mortes a cada 10.000 infectados”, explica.

Ainda assim, não se pode subestimar um agente infeccioso sem observações e estudos. Segundo a OMS, o primeiro caso da doença foi relatado em 1970 e a proporção de pacientes mortos variou entre zero e 11%, com maior gravidade entre crianças.

A variação ocorre porque, até o momento, foram identificadas duas linhagens do monkeypox: uma da África Ocidental, com letalidade de 3,6%, e outra na Bacia do Congo, com índice de morte em 10,6%. “Enquanto os dados não são conclusivos sobre o avanço da doença no mundo, a recomendação é manter a atenção”, orienta Fernando.

Compartilhe