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Ana Estela de Sousa Pinto - Folhapress
02 de novembro de 2020, 09:16
Dois repórteres da NSC TV, afiliada da TV Globo em Santa Catarina, foram agredidos enquanto faziam uma reportagem na pra..
João Pedro Pitombo - Folhapress - 02 de novembro de 2020, 17:32
Dois repórteres da NSC TV, afiliada da TV Globo em Santa Catarina, foram agredidos enquanto faziam uma reportagem na praia do Campeche, em Florianópolis.
A repórter Bárbara Barbosa e o cinegrafista Renato Soder trabalhavam em reportagem sobre o descumprimento da lei estadual que proíbe aglomerações durante a pandemia do novo coronavírus, quando foram abordados de forma agressiva por um grupo de pessoas que estavam na praia.
Dois homens avançaram sobre a câmera para tentar impedir as filmagens e ameaçaram quebrar os equipamentos dos repórteres. Um deles tomou o celular das mãos da jornalista, que ficou com marcas da agressão nos pulsos.
Em nota, o grupo NSC Comunicação classificou a agressão como "uma tentativa de impedir o trabalho da imprensa, de levar os fatos ao conhecimento público", direito garantido pela Constituição. E destacou que atitudes como esta vêm se repetindo no país inteiro.
"Os agressores responderão pelos seus atos. E nós vamos continuar fazendo o que fazemos: jornalismo profissional, independente e essencial para a sociedade catarinense", informou o grupo NSC.
A Associação Catarinense de Imprensa, em nota, se solidarizou com os profissionais e repudiou a agressão, a qual classificou como covarde. A entidade ainda manifestou preocupação com "a crescente onda de violência contra jornalistas e contra o jornalismo".
De acordo com a Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas), o número de agressões a profissionais de imprensa cresceu de 135 em 2018 para 208 casos em 2019.
"Tentar calar a imprensa é atitude irresponsável e perigosa de pessoas que flertam com o autoritarismo sem ao menos entender as implicações históricas de tal atitude. Espera-se que os agressores sejam devidamente identificados e exemplarmente punidos, na forma da lei", informou a entidade.
A Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão classificou o episódio como inaceitável e ressaltou que "qualquer tipo de intimidação ou constrangimento ao trabalho de equipes de reportagem em sua missão de informar a população configura um atentado contra a liberdade de imprensa".
De acordo com levantamento da Prefeitura de Florianópolis, a cidade apresenta risco potencial grave para a covid-19 - equivalente à bandeira laranja, adotada em Curitiba.
A capital catarinense ampliou as atuais medidas protetivas contra o novo coronavírus na última sexta-feira (30), por mais duas semanas. As medidas são válidas para diferentes tipos de comércio e também para a utilização de espaços públicos.
As praias, por exemplo, ficam liberadas para a prática de atividades físicas, mergulhos e esportes, mas sem permanência na areia. Quem for flagrado descumprindo as medidas protetivas em Florianópolis está sujeito a multa de até R$ 1250, em caso de reincidência.
O Covidômetro, ferramenta que indica a incidência da covid-19 em Florianópolis e é atualizada diariamente pela prefeitura indica nesta segunda-feira (2) 19.161 casos confirmados da doença, e 162 mortes.