Janaina Chiaradia

In loco: transmitindo informações e compartilhando experiências

 Da série “A Bíblia e a Gestão de Pessoas”

 Retomando as atividades na normalidade, em especial do In Loco, vamos para mais uma das lições do mestre, Paulo de Araújo:

O VERDADEIRO GUERREIRO É UM SÁBIO!

Nosso maior desafio diário é conhecermos a nós próprios para sabermos como lidar com a pessoa que somos. O autoconhecimento é a chave  que abre as portas e dá acesso às complexidades de nosso ser.

Temos tesouros interiores preciosos aos quais ainda não acessamos. Há também um conjunto de coisas reprováveis que intoxicam a nós e aos indivíduos que se relacionam conosco; destas desejamos livrar-nos.

A ciência vem estudando há muito tempo os elementos que caracterizam e individualizam o ser humano. Personalidade, temperamento e caráter fazem parte deste campo de estudo. Parece que quanto mais conhecemos mais percebemos que ainda existe muito a se aprender. Ao longo do tempo tomamos conhecimento de ações e reações humanas que nos causam espantam – que nos surpreendem; seja positivamente, seja negativamente.

A Bíblia Sagrada é um livro milenar, e ainda que seus primeiros livros remontem a cinco mil anos, traz em suas narrativas observações e análises sobre o comportamento humano. O sábio Salomão registrou no livro de Provérbios vários aspectos interessantes sobre este tema.

Vale a pena refletir sobre isto.

No capítulo 16.32 temos: “Melhor é o homem paciente do que o guerreiro, mais vale controlar o seu espírito do que conquistar uma cidade.” Esta expressão deixa claro que o autocontrole apresenta características mais heroicas do que a de um sujeito que conquista e controla uma cidade. É uma analogia cheia de significado. Controlar a si próprio, dominar seus instintos, refrear os ímpetos emocionais exige maior força, quando comparado ao que empreende esforços para dominar uma cidade inteira.

Sob esta perspectiva a força de um guerreiro se mede e se avalia a partir do modo como ele lida consigo mesmo. As estratégias de conquista de uma cidade podem ser mais facilmente elaboradas do que as que se referem ao controle de si próprio. Portanto, um grande guerreiro se mede pela sua capacidade de lidar com suas próprias limitações e seus inimigos interiores.

Observe ainda este texto: “Como a cidade com seus muros derrubados, assim é quem não sabe dominar-se.” Provérbios 25.28. É sabido por fontes históricas que as cidades antigas eram fortemente cercadas a fim de dificultar as invasões inimigas. Portanto, uma cidade que

tivesse seus muros derrubados ficaria vulnerável. O texto acima afirma que uma pessoa sem autocontrole se torna vulnerável aos muitos inimigos que desejam invadir suas estruturas emocionais, psicológicas, espirituais e físicas.

Ter autocontrole pode ser mal interpretado por aqueles que desconhecem seu verdadeiro sentido e propósito. Há algumas expressões populares e corriqueiras que confundem força e orgulha com falta de autocontrole, exemplo: “Eu não levo desaforo para casa.” “O que

eu tenho que dizer digo na cara.” Se levantarem pra dez eu levanto pra cem”, e outras tantas que se encaixam nesta análise.

O verdadeiro guerreiro é um sábio. Ele usa a força da sabedoria e não a força da agressividade reacionária. Dominar-se e ser capaz de agir com equilíbrio faz com que o guerreiro passe a ter controle sobre aquilo que quer dominá-lo.

Paulo Roberto de Araujo – www.gentecompetente.com.br