
Moro nega transferência de Léo Pinheiro, Cunha e Genu
Narley Resende
13 de dezembro de 2016, 10:47
O ex-presidente da empreiteira Odebrecht, Marcelo Odebrecht, preso na carceragem da Polícia Federal (PF), em Curitiba, p..
Fernando Garcel - 13 de dezembro de 2016, 13:26
O ex-presidente da empreiteira Odebrecht, Marcelo Odebrecht, preso na carceragem da Polícia Federal (PF), em Curitiba, presta um novo depoimento aos procuradores do Ministério Público Federal (MPF) nesta terça-feira (13). Esse é o segundo depoimento após assinatura do acordo de delação premiada firmado com a força-tarefa da Operação Lava Jaro.
Preso desde junho do ano passado, Marcelo Odebrecht é apontado como mandante de pagamentos de propina para agentes políticos e da Petrobras. De acordo com as investigações, foram cerca de R$ 108 milhões e 35 milhões de dólares em propinas. O ex-presidente da empreiteira já foi condenado pelo juiz federal Sérgio Moro a 19 anos e 4 meses de prisão pelos crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
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O primeiro depoimento após assinatura do acordo com o MPF aconteceu na segunda-feira (12). Marcelo falou aos procuradores por mais de três horas sobre os esquemas de corrupção.
Além do ex-presidente da Odebrecht, outros 76 executivos firmaram o acordo com MPF. Todos vão prestar depoimentos. Em troca da colaboração, os envolvidos recebem benefícios como redução de pena de prisão.
Na última semana, o vazamento da delação do ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht Cláudio Melo Filho movimentou o cenário político nacional. Melo seria o responsável pelo relacionamento da empresa com o Congresso Nacional. Ele teria citado nomes de 51 políticos de 11 partidos que teriam recebido propina da empresa, entre eles o presidente Michel Temer.
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Acordo de leniência
A Odebrecht, maior empreiteira do país, assinou um acordo de leniência, uma espécie de delação premiada de empresas, com a força-tarefa da Operação Lava Jato. No acordo, além de revelar práticas ilícitas cometidas por funcionários e diretores, a empresa compromete-se a pagar uma multa, cujo valor gira em torno de R$ 6,8 bilhões.
Em comunicado oficial, a Odebrecht pediu desculpas ao país e admitiu ter cometido “práticas impróprias” em sua atividade empresarial. “Desculpe, a Odebrecht errou”, diz o título do comunicado público. “Foi um grande erro, uma violação dos nossos próprios princípios, uma agressão a valores consagrados de honestidade e ética”, diz o comunicado da empreiteira acusada pelo Ministério Público Federal de participar do cartel que fraudava contratos da Petrobras.