
Eike Batista depõe à tarde na Polícia Federal
Julie Gelenski
31 de janeiro de 2017, 09:20
Rafael Neves, Metro Jornal Curitiba Seis semanas após sair de férias no final do ano passado, o juiz Sérgio Moro vai ret..
Narley Resende - 31 de janeiro de 2017, 09:31
Rafael Neves, Metro Jornal Curitiba
Seis semanas após sair de férias no final do ano passado, o juiz Sérgio Moro vai retomar nesta quarta-feira as audiências da Lava Jato.
Até o final da semana, ele terá ouvido nove testemunhas de acusação no processo contra o ex-ministro Antonio Palocci, preso em Curitiba há mais de quatro meses.
Na lista, estão nomes como o ex-senador Delcídio do Amaral, o dono da UTC, Ricardo Pessoa, e o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco.
Também falarão a Moro dois delatores ligados à Odebrecht que se anteciparam à empresa e fecharam acordos sem o grupo: a funcioná- ria Maria Lúcia Tavares, que confessou trabalhar no ‘setor de propinas’ da empreiteira, e Vinícius Borin, que cuidava de offshores no exterior para transferir dinheiro a pedido do grupo.
Outros 13 envolvidos são réus na ação, incluindo o marqueteiro João Santana e o empreiteiro Marcelo Odebrecht.
Palocci é suspeito de manejar um “caixa geral” pelo qual a Odebrecht teria pago até R$ 128,5 milhões ao PT entre 2008 e 2013, mas este processo mira apenas um repasse de US$ 10 milhões que a empreiteira teria feito por ordem de Palocci ao marqueteiro João Santana.
O publicitário, que coordenou campanhas dos ex- -presidentes Lula e Dilma, tenta negociar uma delação premiada.
Moro assume segunda ação contra Cunha
Mais um processo contra o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na Lava Jato está nas mãos do juiz Sérgio Moro.
O processo aponta que Cunha recebeu US$ 5 milhões do lobista Júlio Camargo pelo afretamento dos navios-sonda Petrobras 10.000 e Vitoria 10.000. Foi a primeira ação aberta na Lava Jato no STF (Superior Tribunal Federal), em março de 2016, quando ele ainda era presidente da Câmara.
Assim que Cunha foi cassado, o caso passou ao TRF2 (Tribunal Regional Federal da 2ª Região), já que outra ré no caso, a ex-deputada Solange Almeida (PMDB), ainda tinha foro privilegiado porque era prefeita de Rio Bonito (RJ). Com o fim do mandato dela, a ação penal passa à primeira instância, com Moro.
Solange é suspeita de ter cedido seu computador na Câmara para que Cunha fizesse dois requerimentos sobre a empresa Mitsui, que Júlio Camargo representava, para pressioná-lo a pagar a propina.