
Defesa de Lula relaciona atos de Moro e pede fim de processo do triplex
Narley Resende
30 de janeiro de 2017, 08:53
A Justiça Federal do Paraná (JF-PR) retoma a partir desta segunda-feira (30) as audiências de instrução das ações penais..
Narley Resende - 30 de janeiro de 2017, 09:18
A Justiça Federal do Paraná (JF-PR) retoma a partir desta segunda-feira (30) as audiências de instrução das ações penais da operação Lava Jato, com a volta ao trabalho do juiz federal Sérgio Moro, responsável por julgar os processos em primeira instância.
Enquanto esteve em férias, quem fazia os despachos, quando necessário, era a juíza substituta da 13ª Vara Federal de Curitiba, Gabriel Hardt.
Os primeiros depoimentos do ano começam no dia 1° de fevereiro, com a oitiva de testemunhas de acusação em processo relacionado a 35ª fase da operação.
Esta etapa tem como réus o ex-ministro Antônio Palocci, o ex-assessor dele Branislav Kontic, o ex-presidente do Grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht e mais 12 pessoas.
Na primeira audiência cinco pessoas prestam depoimento – todos eles delatores da Lava Jato. Entre as testemunhas de acusação estão o dono da UTC Engenharia, Ricardo Pessoa; o executivo ligado à empreiteira; Walmir Pinheiro Santana; e um dos executivos apontados como operador do chamado “Departamento de Propina” da Odebrecht, Vinicius Veiga Borin.
A denúncia da 35ª fase é relacionada à obtenção, pela empreiteira Odebrecht, de contratos de afretamento de sondas com a Petrobras.
Neste esquema, a interferência de Palocci se dava mediante o pagamento de propina destinada, principalmente, ao Partido dos Trabalhadores (PT).
De acordo com os investigadores, os repasses feitos a Palocci ultrapassam a marca de R$ 128 milhões.
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Na resposta à acusação, o ex-ministro e o assessor dele indicaram, juntos, o nome de 28 pessoas para prestarem depoimento como testemunhas de defesa no processo.
As audiências ainda não foram marcadas pelo juiz Sérgio Moro. Mas entre os indicados estão o ex-ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, o senador Jorge Viana, o deputado federal Arlindo Chinaglia e o vice-governador do Rio de Janeiro, Francisco Dornelles.