A “cristianização” do ex-juiz Sergio Moro
Líderes do Partido União Brasil do ex-juiz Sérgio Moro, que condenou ex-presidente à prisão, conversam com o ex-réu sobre possibilidade de fecharem apoio a ele nas próximas eleições.
Alceo Rizzi
Líderes do Partido União Brasil do ex-juiz Sérgio Moro, que condenou ex-presidente à prisão, conversam com o ex-réu sobre possibilidade de fecharem apoio a ele nas próximas eleições.
Do jeito caranguejo como tem andado depois de largar a capa, ex-juiz e ex-ministro pode acabar se transformando em novo e involuntário verbete histórico da política brasileira, apesar de todos os créditos que possam lhe atribuir.
Faz hoje certo paralelo ao candidato à presidência do País do então ex-prefeito de Belo Horizonte, Cristiano Machado, lançado candidato em 1950 pelo então PSD, partido que nos bastidores negociava a eleição de Getúlio Vargas.
Desde então “cristianizar” se tornou verbete próximo da metáfora de domínio popular do “boi-de-piranha”, ainda que ex-juiz não concorra mais ao cargo do ex-presidente. Ex-juiz parece que incorporou de vez e não consegue se desfazer daquele personagem de samba-de-breque de Moreira da Silva, do ” cara de tango e andar de bolero.
Desde que largou a toga, ex-juiz parece ter sido “cristianizado” por outras razões e eventual deslumbre por uma vaidade que nunca foi boa conselheira, afora ilicitudes eventuais de conduta.
E, se verbete ainda assim não for de encaixe pertinente, pode restar o plágio de outro dito de domínio público em trocadilho com seu nome. Algo como ” Moro e não vejo tudo”. O País a cada dia de supera, o que não é novidade. Moro abaixo ou Moro acima.
Alceo Rizzi é jornalista e escritor