Bolsonaro perde com a CPI e TCU já sinaliza com punição a Pazuello

Momentos após a derrota do Palácio do Planalto, onde o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por 10 a 1, confirmar a d..

Momentos após a derrota do Palácio do Planalto, onde o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por 10 a 1, confirmar a decisão do ministro Roberto Barroso de mandar o Senado instalar a CPI da Covid, ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) sinalizaram que devem punir o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuelo e seus auxiliares por omissões na gestão da pandemia da covid-19.

O ministro Roberto Barroso disse que “o procedimento a ser seguido pela CPI deverá ser definido pelo próprio Senado Federal, de acordo com as regras que vem adotando para funcionamento dos trabalhos durante a pandemia”.

Deixo claro, no entanto, que não cabe ao Senado definir se vai instalar a CPI ou quando vai funcionar, mas sim como irá proceder. Por exemplo, se por videoconferência, de modo presencial, semipresencial ou fazendo uma combinação de todas essas possibilidades, pontuou Barroso.

Em relação a Pazuello, uma das ações da gestão de Pazuello foi mudar o plano de contingência do órgão na pandemia, com a finalidade de retirar responsabilidades do governo federal sobre o gerenciamento de estoques de medicamentos, insumos e testes. Em vez de expandir as ações para a assunção da centralidade da assistência farmacêutica e garantia de insumos necessários, o ministério excluiu, por meio de regulamento, as suas responsabilidades”.

Diante dos acontecimentos, o presidente Jair Bolsonaro, irritado com a instalação da CPI da Covid que certamente vai pesar sobre seus ombros algumas decisões tomadas pelo Ministério da Saúde a seu mando, disse nesta quarta-feira que “aguarda da população um sinal para tomar providências diante do que vive o País, e que ele está se tornando um barril de pólvora”. Bolsonaro parece que que ainda não entendeu que o País está chocado e que os brasileiros esperam dele atitudes que venham ao encontro dos anseios e das necessidades do povo e não de intrigas que arruma a cada dia, incluindo sua prole, do zero um ao zero quatro.