Pedro Ribeiro

O campo paranaense pede água, ou socorro. Na ponta do lápis, a nova projeção da Secretaria da Agricultura e Abastecimento é de redução de 39% na produção de para a safra de soja 2021/22. As perdas, por problemas climáticos, somam perto de R$ 30 bilhões somente em culturas que não estão sendo produzidas, lamenta o secretário Norberto Ortigara

Ortigara, que fez um abalanço sobre a situação no Estado, observa que é um quadro de perda, que provoca impacto, traz desconforto e traz desarticulação da cadeia de renda do agricultor.

Se o comparativo for feito com a produção de 19,8 milhões de toneladas conseguida na safra 2020/21, os sojicultores paranaenses devem ter redução de 35%. Com uma área estimada em 5,6 milhões de hectares, o rendimento deve cair de 3.543 quilos por hectare no ciclo anterior para 2.274 quilos por hectare na atual safra.

 

Técnicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) e Faep, foram visitar as regiões mais afetadas pela seca no Paraná. Fecha 2021 e começa 2022 com perdas de produtividade na casa dos 75% em algumas regiões, caso da soja, principal cultura agrícola do Estado.

De acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral) da Seab, a previsão inicial para a safra de soja 2021/22 era superior a 21 milhões de toneladas, mas só serão colhidas 12,8 mi de ton. A quebra de 39% ainda deve aumentar conforme a colheita avança. No feijão, essa perda foi da ordem de 31%, e no milho, insumo central para o desenvolvimento das cadeias de produção animal, o percentual de perdas atinge 36%.