Os gregos tinham dois deuses do tempo: Cronos e kairós.
Achavam que com um só não conseguiriam controlá-lo.
Doce ilusão. A única proeza do homem foi conseguir medir o tempo. Para isso analisou ciclos do sol e da lua, seus efeitos na natureza e padronizou os tempos do ano, das estações e dos dias, depois subdivididos em horas, minutos e segundos. Isso só serviu para sentirmos como ele passa rápido.
Mas, Eugênio Mussak nos diz que o homem tem uma ferramenta, se não para controlar o tempo, para lidar com ele: é a nossa consciência.
Ela nos permite entendê-lo com base em três visões: a física, a metafísica e a ética.
Do ponto de vista físico, o tempo pode ser medido com o relógio.
Na metafísica, o tempo pode ser sentido. Aqui, contrariando o relógio, ele tem duração variável. Dois minutos de broca no dentista duram mais que 15 minutos escutando Andrea Bocelli.
Mas, no campo da ética, o tempo deve ser vivido. Sua qualidade dependerá do que fizermos com ele e das lembranças que ficarem.
Quanto a isso, duas observações: aprendi que o importante não é o que temos, mas quem temos.
Por fim, uma vida boa não é medida pelo número de vezes que respiramos, mas pelos momentos que nos tiram a respiração.
Pense nisso; e viva todo tempo que te resta intensamente, todo dia como se fosse o último, porque um dia vai ser mesmo.
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