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Tudo muda, menos a CLT

Tudo muda, menos a CLT

As férias mudaram. Antes, era normal tirar trinta dias, mudar-se com mala, cuia, cachorro, sogra, empregada e ped..

Renato Follador - terça-feira, 1 de setembro de 2020 - 17:51

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As férias mudaram. Antes, era normal tirar trinta dias, mudar-se com mala, cuia, cachorro, sogra, empregada e pedido mensal do supermercado para o litoral. Hoje, quebram-se as férias em períodos de 10 ou 15 dias, vendem-se dias e não tem como desligar-se do trabalho, graças à internet, emails e redes sociais.

O trabalho também mudou. Antes, era físico e rotineiro. As tais linhas de produção. Hoje, intelectual e inovador. Arrumava-se um emprego no Hermes Macedo, na Ford, na Mesbla, na Philips e era para toda a vida. Aposentava-se lá mesmo. Hoje, trabalha com carteira assinada numa empresa por dois anos, prestando serviços terceirizados por mais um, fica desempregado por uns seis meses, como autônomo por mais dois, até ter outra assinatura na carteira e assim vai.

Necessidade de conhecimento também mudou. Antes, aprendia-se um ofício ou se formava numa faculdade e aplicava-se o mesmo conhecimento adquirido anteriormente por todo o trajeto profissional. Atualmente, se deixar de se atualizar por 2 anos, não sabe mais nada. Está fora do mercado.

Agora, diante dessa nova e irreversível realidade, como é que tem gente- melhor sindicatos- que não admitem modernizar e flexibilizar a engessada CLT que data de 1.943?

Não vale a resposta de que ela protege o emprego. A única coisa que protege o emprego hoje é competência e produtividade.

Empresário moderno e colaborador atualizado tem que mudar com o mundo ou vão ficar fora do mercado.

 

 

 

 

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