Quando a guerra acabar

A fragmentação territorial na Ucrânia é um fato. O presidente avisa que aceita ser espécie de território neutro e desiste da Otan

Presidente da Ucrânia reúne imprensa para dizer que o pais aceita ser espécie de território neutro, desiste de tentar ingressar na Otan, como pretendia, e ainda descarta qualquer intenção de um dia ter armas nucleares como chegou a cogitar. Acha que ceder agora em algumas questões que pretensamente provocaram a invasão da Rússia, será suficiente para salvar o que resta dos destroços, material, moral e de soberania do seu país. Já provocou o inevitável, a fragmentação territorial e quase irreversível da Ucrânia, vai ter que dividi-la agora com o invasor. Depois que passar todo esse torvelinho de horrores de destruição e mortandade e for possível se voltar para esta guerra estúpida e fabricada que acontece entre o Ocidente e à Rússia no território da Ucrânia, talvez seja possível  identificar com mais clareza, sem farsas e sem falácias, os principais criminosos responsáveis por ela. E, talvez, mais até que as digitais do gângster criminoso que governa a Rússia, o sombrio Vladmir Putin, seja possível apontar de maneira incontestável como o grande responsável por essa tragédia humanitária, justamente esse patético presidente da Ucrânia, que jogou o pais em atoleiro de sangue e de desgraças. Pode se revelar  então inútil todo o esforço que Ocidente empenha agora ao itravesti-lo. enganosamente como herói, numa pantomima da qual se utiliza para estimular sua vaidade e lhe emprestar sensação de algum protagonismo de grandeza numa guerra que não é sua, na qual apenas emprestou o território e os soldados da Ucrânia para os combates. Agora , um mês passado da calamidade humanitária, com o país destruído, milhares de mortos e milhões de refugiados, com o planeta inteiro sofrendo consequências paralelas dessa guerra hedionda, o presidente fantoche acena à  Rússia ceder ao que ela antes exigia. E que poderia talvez ter evitado a guerra. Mas preferiu ser personagem dele mesmo,  do ator que sempre dependeu de roteiristas para apresentar seu espetáculo. Uma hora ele acaba. Pode ser também depois da guerra.