Pedro Ribeiro

Em reunião – videoconferência – com dirigentes do setor produtivo paranaense chamado de G7, o governador Ratinho Junior justificou sua posição em não assinar a carta dos governadores, afirmando que não é o momento de politizar em meio à pandemia do coronavírus. Dos empresários ouviu queixas principalmente em relação à burocracia para a liberação de recursos.

Ratinho Junior anunciou que lançará, nos próximos dias, um “Plano de Retomada do Paraná” depois da crise na área da saúde, que está sendo desenhado pela Secretaria de Planejamento. “Neste momento, a prioridade é enfrentar da melhor maneira esta pandemia, que tem desafiado a todos a buscar medidas que minimizem os impactos na saúde e na economia”, disse.

“O Paraná não tem tempo a perder com discussões políticas. Juntos entramos nesta crise. Juntos dela sairemos. O momento é de união”, ponderou o governador paranaense.

O presidente da Fetranspar, Coronel Sergio Malucelli, manifestou preocupação ao chefe do executivo estadual, explicando que houve uma queda de 50% no transporte de cargas fracionadas (entregas em cidades) e elogiou o atendimento com que os caminhoneiros estão tendo no Porto de Paranaguá com o transporte da safra agrícola.

O setor de cooperativas também se queixou da burocracia para a liberação de recursos e informou ao Governo do Estado que manteve reunião com todos os bancos para saber qual seria a postura do setor financeiro em relação ao setor no futuro. Também pediu para que o BNDES transfira mais recursos ao BRDE para serem repassados às cooperativas e ao agronegócio como um todo.

Sobre o comércio, o presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP), Camilo Turmina, voltou a reafirmar a necessidade de abertura do comércio para pequenos empresários e disse que há consciência de todos em obedecer as determinações do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde.

O setor industrial informou que já houve a retomada de 15% e recomendação de que as pessoas com mais de 60 anos que permaneçam em isolamento.