A imprensa canalha e um presidente na saia justa

 

Ao passar os olhos nos principais jornais, sites e revistas deste final de semana, observamos que não é apenas a “Globo” a “canalha”, como sustenta em todos os palcos que sobe, o presidente Jair Bolsonaro. Toda a mídia seria “canalha” porque está denunciando sua má gestão com suspeita de prevaricação e até corrupção. Suas ações pífias em relação ao combate à pandemia chegou ao Tribunal de Haia e poderá responder por seus atos.

O que faz Bolsonaro diante de escândalos como os da compra bilionária da vacina indiana Covaxin? Chamar a imprensa de canalha não funciona. Presidente reage, ataca CPI da Covid no Senado, vocifera contra tudo mas, até agora não disse se ouviu ou não a denúncia do deputado e seu irmão sobre eventual corrupção na compra da vacina indiana, na visita que ambos lhe fizeram na residência oficial.

Talvez se contente com as dezenas de motos que o seguem pelo território nacional. Bolsonaro vem perdendo condições de governabilidade e está facilitando para seu principal rival, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que, segundo última pesquisa do Ipec, venceria as eleições de 2022 no primeiro turno.

Bolsonaro é incapaz de reagir para o bem da nação, pois prefere continuar com seu linguajar chulo sem demonstrar qualquer sinal de capacidade de liderança que venha a reassumir a condição de Presidente da República.

Não podemos afirmar e nem julgar a questão da compra da vacina Covaxin se Bolsonaro é o culpado ou não. A questão é simples, de prevaricação, ou seja, ele não quer saber e está pouco se importando em relação ao que está acontecendo no país e diante de seus olhos. Prefere xingar a imprensa, defender seus filhos e lutar pela sua reeleição. Aliás, desde que assumiu o governo, há pouco mais de dois anos, Bolsonaro vem fazendo campanha para reeleição. A ele interessa apenas o poder.

Enquanto isso Lula cresce.