Pedro Ribeiro

Tragédia. O Brasil acaba de contabilizar 300 mil mortos em um ano pela pandemia do coronavírus. Conta também com um rastro de destruição em lares e uma população assustada, apavorada, sem saber o que fazer. Não fosse os velhos problemas políticos que sitiam o país, a nação poderia ter avançado no combate à trágica doença. Ou esta tragédia.

No Paraná, o governador Ratinho Junior teve que apurar o passo para não ser responsável direto pela tragédia sanitária. Mesmo contra a vontade do setor produtivo, de serviços e lojistas, adotou medidas radicais de isolamento. O governador se viu em meio a um sistema hospitalar saturado e pessoas e mais pessoas pedindo socorro, vítimas da Covid.

Em reunião em Brasília, nesta quarta-feira, com o presidente Jair Bolsonaro que sempre subestimou a doenças, o governador paranaense relatou que foram discutidas estratégicas para enfrentar o problema e ponderou para que  o governo federal e demais Poderes possam tomar decisões mais rapidamente..

De acordo com o governador, gestor de um estado no pico da doença, a prioridade é a vacina. Os estados querem um cronograma para que possam vacinar, de domingo a domingo, o máximo de pessoas possível e imunizar a população rapidamente, disse o governador.

Ratinho Junior explicou também que foi discutida  a reedição da Lei 13.979/20, que venceu em dezembro do ano passado e tratava das compras emergenciais, com a dispensa de licitação, de bens, serviços e insumos de saúde destinados ao enfrentamento da emergência de saúde pública, além da habilitação de novos hospitais para prestar serviço ao Estado.

“O governo federal deve apresentar esse novo texto ao Congresso Nacional para que possamos dar velocidade na contratação de novos parceiros, privados ou filantrópicos que atendam pelo SUS”, acrescentou o governador.

Enquanto os governadores pediam apoio ao governo federal, Jair Bolsonaro insistia na tese de que não deve haver toque de recolher. Infelizmente, o Presidente da República ainda não percebeu a gravidade do problema no país que dirige.