Pedro Ribeiro
Foto: DER PR

 

As redes sociais acabaram virando massa de manobra dos espertalhões que descobriram um meio eficiente para difundir suas ideias e propagar o cáos como se fosse um brinquedo em que seu manipulador faz o que bem entende da ferramenta. Esta semana, mais uma vez, o presidente Jair Bolsonaro usou as redes sociais para medir a temperatura do seu poder em relação à população e escolheu como adversário para lançar flechas o Congresso Nacional, fragilizado politicamente perante a sociedade.

O primeiro míssil foi disparado pelo general de plantão, Augusto Heleno, e a bomba teve efeito imediato nas ditas redes sociais onde o capitão aproveitou para jogar gasolina.

É claro que houve reação, com respostas imediatas. Mesmo sabendo que o Congresso Nacional não está bem na foto perante a população, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, procurou amenizar a guerra surda porque sabe que, durante uma manifestação contra instituições como o legislativo e o judiciário, pode provocar um mal estar geral no país e até arranhar o processo democrático.

Pelo que se comenta em Brasília, os beques já acertaram com os goleadores e tudo está em ordem, ou seja, mais uma vez, na calada da noite fizeram um acordo entre Executivo e Legislativo e lamentavelmente não foi divulgado nas redes sociais, onde os fiéis escudeiros de um e do outro lado, continuam diante das telinhas dos computadores e celulares com as mãos nos teclados para passar para frente e inflamar os ânimos.

O acordo está fechado, segundo confirmou nesta quinta-feira o líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes”. A informação é do jornalista Cláudio Humberto.

O motivo da “briga” entre Bolsonaro e o Congresso Nacional seria o “jaboti” de R$ 30 bilhões que os parlamentares inventaram para tirar dinheiro do Executivo. Acontece que, no acordo, cada um fica com metade do bolo e tudo bem.

Para se ter uma ideia do impacto da notícia de que o presidente Jair Bolsonaro compartilhou em seu Whatsapp pessoal vídeo no qual convoca as pessoas a comparecerem ao ato marcado para 15 de março em favor do governo – cujas pautas incluem teor anti-Congresso e STF – fez explodir o número de menções e compartilhamentos sobre a manifestação nas redes sociais.