Pedro Ribeiro
(Foto: Geraldo Bubniak/AGB)

 

Depois da Carta Aberta dos municípios, que pede harmonia entre poderes e solução à crise brasileira, entidades do agronegócio divulgaram um manifesto nesta segunda-feira, 30, em que pedem “liberdade para empreender, gerar, compartilhar riqueza, contratar e comercializar, no Brasil e no exterior”. A exemplo dos prefeitos, também defenderem o estado democrático de direito. “É o estado democrático de direito que nos assegura essa liberdade empreendedora essencial numa economia capitalista”, diz um dos tr4echos do manifesto.

O agronegócio se adiantou depois do recuo da Fiesp que decidiu adiar a publicação de um manifesto que pediria a pacificação entre os três Poderes.

O documento é assinado por várias entidades representativas do agronegócio brasileiro, entre elas, Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal (Abisolo), Associação Brasileira de Produtores de Óleo de Palma (Abrapalma), Croplife Brasil (que representa empresas de defensivos químicos, biológicos, mudas, sementes e biotecnologia), Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) e Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg).

O texto afirma que as amplas cadeias produtivas e setores econômicos representados por essas entidades precisam de estabilidade, segurança jurídica e harmonia para poder trabalhar. Segundo as entidades, a liberdade empreendedora de que precisam é o inverso de aventuras radicais, greves e paralisações ilegais. “De qualquer politização ou partidarização nociva que, longe de resolver nossos problemas, certamente os agravará”, afirmam as entidades.

As entidades dizem que estão preocupadas com os atuais desafios à harmonia político-institucional e à estabilidade econômica e social do País. “Em nome de nossos setores, cumprimos o dever de nos juntar a muitas outras vozes, num chamamento a que nossas lideranças se mostrem à altura do Brasil e de sua história”, afirmam.

O texto lembra que, sob a Constituição Federal de 1988, a sociedade escolheu viver e construir o País por meio do Estado Democrático de Direito. “Mais de três décadas de trajetória democrática, não sem percalços ou frustrações, porém também repleta de conquistas e avanços dos quais podemos nos orgulhar. Mais de três décadas de liberdade e pluralismo, com alternância de poder em eleições legítimas e frequentes”, citam as entidades.