Pedro Ribeiro
(Foto: divulgação)

Um dos principais setores – se não for o principal – produtivos do Paraná que defende redução de 50% nas tarifas do pedágio, além da realização de obras é o do agronegócio.

Por isso, a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) defende um modelo de licitação de menor preço em que a empresa que oferecer a tarifa de pedágio mais baixa ganha a concessão.

O engenheiro Antonio José Correia Ribas, ex-diretor-geral do DER e ex-presidente da Agepar, a agência reguladora do pedágio no Estado, disse que um dos aspectos que deve incidir diretamente na redução da tarifa é a Taxa Interna de Retorno (TIR), cujo percentual foi fixado em 8,47% – menos da metade do que é praticado nos atuais contratos.

Segundo Ribas, “em termos simples, a TIR é uma taxa de juros que a concessionária cobra para fazer investimentos antes para receber depois. Nessa primeira concessão, essa taxa foi muito alta porque as condições econômicas do país, na época, eram muito diferentes. Nós tínhamos uma taxa de juros no mercado altíssima, que chegou a 45% ao ano. Então, se colocou uma taxa de retorno de 20%, que se julgava, naquela época, um valor razoável. Agora a realidade é outra”, explica.

Em entrevista ao Boletim Informativo do Sistema Faep, Ribas disse que a extensão do prazo de contrato para 30 anos (hoje são 25 anos) também é favorável, já que as concessionárias terão mais tempo para diluir os custos. No entanto, alerta Ribas, para uma expectativa de 50% de redução. “A exigência de realização de obras no início do contrato – segundo o governo estadual, prioritariamente do terceiro ano – pode impactar esta tarifa.

Sobre os impactos do pedágio no agronegócio, Ribas ponderou que, mais que apenas um pedágio barato, a necessidade atual é a estruturação de uma malha rodoviária de qualidade para as necessidades do setor.